Quatro dos principais patrocinadores da Fifa - Coca-Cola, Visa, McDonald's e Budweiser - pediram que Blatter deixe imediatamente o cargo de presidente da entidade Foto: AFP
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, descartou deixar o cargo antes do dia 26 de fevereiro e criticou a investigação aberta pela justiça suíça.
Há menos de duas semanas, a Procuradoria-Geral da Suíça abriu uma ação criminal contra o dirigente. A decisão foi tomada por suspeitas de irregularidades cometidas pelo presidente na assinatura de um contrato em 2005 com a Federação Caribenha de Futebol, na época comandada por Jack Warner, ex-presidente da Concacaf, que foi banido para sempre das atividades do futebol.
"Me condenam de antemão, sem que existam provas contra mim de algum tipo de ação incorreta", disse Blatter em entrevista à revista Bunte, da Alemanha. "Estou sendo condenado sem haver qualquer evidência de que tenha feito algo errado. Isso é ultrajante!".
Mesmo pressionado por patrocinadores da entidade, Blatter afirmou que não deixará o cargo antes do dia 26 de fevereiro, quando será escolhido o novo presidente da entidade. O prazo para registro de candidaturas é 26 de outubro.
"Eu sairei em 26 de fevereiro. Depois terá terminado. Mas não acontecerá nem um dia antes.Vou lutar até 26 de fevereiro. Por mim, pela Fifa. Estou convencido de que no mal aparecerá a luz e que o bem vai prevalecer".
Na última sexta-feira (2), quatro dos principais patrocinadores da Fifa pediram que Blatter deixe imediatamente o cargo de presidente da entidade. Em comunicados separados, mas divulgados praticamente ao mesmo tempo, as gigantes Coca-Cola, Visa, McDonald´s e Budweiser (AB InBev) alegaram que a saída do suíço é fundamental para que o processo de reforma na Fifa tenha credibilidade.
Presidente da Fifa desde 1998, Blatter renunciou ao cargo no dia 2 de junho, quatro dias após ser eleito presidente. A renuncia aconteceu em meio ao maior escândalo de corrupção da história do futebol, quando sete dirigentes foram detidos, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.