No México, Puebla reserva roteiro de pura magia

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No México, Puebla reserva roteiro de pura magia

Gustavo Belarmino*
Publicado em 05/09/2015 às 20:16
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2015/09/05/normal/cc4353bb3463608056615cb15c60c444.jpg Foto: JC


Ao seguir até a nave central, prepare-se para deslumbrar-se com o imenso altar todo entalhado em madeira, gesso e ouro, com anjos e santos que se sucedem até o teto. À esquerda, vê-se a capela dedicada a Nossa Senhora do Rosário, destaque à parte dentro da estrutura. Decorada com o exagerado barroco churrigueresco, trabalho que demorou 60 anos para ser concluído, o templo surpreende. “Aqui, tudo que brilha, é ouro”, garante com orgulho o guia Alfredo Torres, advogado por formação, católico por fé, e poblano por convicção.

Entre as curiosidades da igreja, conta Alfredo, estão as figuras de cachorros espalhadas pelas pinturas e esculturas no interior do templo. Estão ali por representar a fidelidade dos animais aos homens e consequentemente do homem a Deus. Das imagens ainda conseguimos perceber figuras de sereias incrustadas nas colunas (a santa é padroeira dos navegantes) e querubins em alto relevo nos azulejos que datam de 200 anos, representando cada mistério do Rosário.

As frutas com pimenta estão por todo lugarFoto: Gustavo Belarmino

Ao deixar a igreja, o cheiro de baunilha no ar conduz o turista até a Rua 6 Orientes, também conhecida como rua dos doces. Diversas lojinhas oferecem dos coloridíssimos pirulitos a cocadas e maçãs do amor – claro, temperadas com pimenta em pó, como manda o costume mexicano. Por lá, barrinhas com cereais também estão por toda parte, a mais emblemática é a Alegria, feita com amaranto, primo da quinoa e considerado um superalimento. Leva mel e outros grãos, como amendoim e até semente de abóbora e são ótimas para levar como lembrancinhas.

Tabuleiros exibem ainda os Camotes de Puebla, doce de batata com açúcar e canela com sabores diferentes, e potinhos rústicos com doce de tamarindo, revelando apenas uma das facetas gastronômicas da cidade – que ostenta mais de 7 mil restaurantes. No passeio entre os doces você já estará habituado a ver nas lojinhas e paredes das casas coloniais um trabalho feito em cerâmica que lembra as porcelanas chinesas, chamado talavera.



Por lá, a técnica chegou em 1550, trazida pelos dominicanos, ganhou as cores do México e se estabeleceu como tradição poblana. Na mesma rua é possível visitar uma das oito fábricas artesanais de talavera. Na loja La Colonial, além de comprar peças como aparelhos de jantar, suportes e artigos de decoração, o turista pode ainda participar de uma aula que mostra como é a técnica que consiste em moldar, pintar manualmente e esmaltar o objeto, que ganha um brilho vitrificado e posteriormente um assinatura do artista, como um certificado de autenticidade. Cada peça pode levar até 20 dias para ficar pronta. O turista vai perceber que até as placas das ruas são feitas de talavera e, com o olhar mais treinado, as verá por toda a parte.

Rua 5 de Mayo, por por onde passa diariamente um milhão de pessoas - em frente à direta vai dar na rua dos doces - Gustavo Belarmino
Na esquina da Rua 5 de Mayo, a belíssima Igreja de Santo Domingo (1659). Repare nesse altar com 4 níveis - Gustavo Belarmino
Igreja de Santo Domingo, com capela dedicada à Nossa Senhora do Rosário: barroco e muito ouro - Gustavo Belarmino
Na capela de Nossa Senhora do Rosário, azulejos datam de 200 anos e trazem querubins em alto relevo - Gustavo Belarmino
O magnífico teto da Igreja de Santo Domingo, com o Espírito Santo ao centro - Gustavo Belarmino
Que tal esses docinhos espalhados na rua dos doces, que tem cheirinho de baunilha? - Gustavo Belarmino
As talaveras, arte característica de Puebla, encontrada em fachadas e até nas placas das ruas - Gustavo Belarmino
Templos católicos são encontrados por todas as esquinas de Puebla - Gustavo Belarmino
Oficina vende e ostra como é feita a técnica da talavera, em Puebla - Gustavo Belarmino
Bairro do Artista, com exposição nas ruas, atrai quem quer tomar uma cervejinha e esperar a noite cair - Gustavo Belarmino
Em frente ao Principal (1535), letreiro de Puebla mostra o colorido da cidade - Gustavo Belarmino
Na fachada da igreja cor de rosa, dedicada ao Senhor das Maravilhas, muitas flores enfeitam a entrada - Gustavo Belarmino
A rua ideal para comprar artesanato, no fim do Bairro do Artista - nesta foto, ao cair da tarde - Gustavo Belarmino
Docinhos de toda sorte - e muita alegria, feita de amaranto, são ofertados nas ruas - Gustavo Belarmino
À noite Puebla se transforma em cidade-balada - Gustavo Belarmino
Do Zócalo, a praça principal, se vê o Popocateplt soltando fumaça ao fundo - Gustavo Belarmino
Detalhe da iluminação cênica, que dá vida aos prédios da capital à noite - Gustavo Belarmino
Interior da igreja do Senhor das Maravilhas. Ao centro a imagem venerada - Gustavo Belarmino
Beleza da iluminação cênica dos prédios de Puebla - Gustavo Belarmino
No Cerro Guadalupe, show de luz convida o público a conhecer os povos mágicos de Puebla - Gustavo Belarmino
Detalhe de uma das salas fechadas ao público, na Catedral de Puebla - Gustavo Belarmino

* O jornalista viajou a convite da Copa Airlines, Conselho de Promoção Turística do México,  Secretarias de Turismo Ciudad de México e de Puebla

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