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Faça login ou cadastre-seO músico está em turnê pelo País com o show A Porta da AlegriaFoto: Claúdio Machado
NE10- A fidelidade em incluir Recife/Olinda em suas turnês decorre da plateia cativa que você tem por aqui?
Oswaldo - Não só disso. É um povo extremamente artístico. É um público diferente, talentoso. Pernambuco tem contribuído em todas as áreas artísticas de maneira impressionante, no cenário brasileiro. Na literatura, na música, no cinema e nas artes plásticas, tem sempre alguém fazendo coisa interessante. A plateia reflete isso e é um prazer tocar pra gente assim.
NE10 - Das perguntas de praxe: o que não pode faltar, no palco, entre os clássicos de sua carreira?
Oswaldo - Normalmente pedem muito Bandolins, Intuição, Lua e Flor. Mas com a internet, tem acontecido uma coisa muito interessante: as músicas mais pedidas nunca toquei na TV. Por exemplo, A Lista, Metade, Eu quero ser feliz agora, Sem mandamentos e a própria música título do show, A Porta da Alegria. Acho muito legal isso. Recebemos milhares de pedidos da música A Lógica da Criação, do nosso filme Solidões, que nunca toquei em lugar nenhum, e vamos tocá-la. Estamos numa época em que o paradigma foi mudado. Estou adorando isso.
NE10 - E o blues? Desde quando te acompanha como influência?
Oswaldo - Desde Brasília. Entrou na minha vida e se misturou com a seresta de São João Del Rei, onde passei minha infância. Por isso que digo que esse novo show está entre “uma balada e um blues” que, inclusive, já deu nome a um disco que fiz há muito tempo.
NE10 - Quais os planos para este semestre, para o próximo...
Oswaldo - Estarei rodando o Brasil com a nova turnê A Porta da Alegria e estou em fase de produção de dois filmes longa-metragem.
NE10 - 10 - Sobre a música pernambucana, alguma ressalva?
Oswaldo -É uma música maravilhosa. Tem uma força e uma personalidade que poucos lugares do mundo geram. Através do meu amigo Alceu Valença, já compus em homenagem ao talento pernambucano: “Nem todo Alceu é Valença” (Oswaldo Montenegro)
Oswaldo compôs Nem Todo Alceu é Valença, em homenagem à musicalidade pernambucanaFoto: Divulgação
Nem todo beijo é ardido, toda paixão é fatal
Nem todo abraço é à vista, todo mundo é artista
Nem um ponto de vista vai ser ponto final
Nem todo corpo se encaixa, todo afeto é moral
Nem todo mundo se abaixa pro chicote do mal
Nem todo mundo se alegra, todo mundo se esfrega
Nem todo amante se entrega, etc e tal
Nem todo exame avalia, nem toda foto é fiel
Nem toda festa é folia, nem toda lua é de mel
Nem todo Alceu é Valença, nem todo não é ruim
Nem todo sonho é doença, nem todo breque é o fim
Nem todo Léo é de Bia, nem todo amigo é irmão
Nem toda virgem Maria, nem todo sim é pois não
Nem toda ação é coragem, nem todo aviso é sermão
Nem toda trilha é viagem, nem todo intento é ação
Nem todo amor é bandido, todo sonho é legal
Nem todo beijo é ardido, toda paixão é fatal
Nem todo abraço é à vista, todo mundo é artista
Nem um ponto de vista vai ser ponto final
Nem todo corpo se encaixa, todo afeto é moral
Nem todo mundo se abaixa pro chicote do mal
Nem todo mundo se alegra, todo mundo se esfrega
Nem todo amante se entrega, etc e tal
Nem toda moça é sozinha, nem todo mundo é de um só
Nem todo amigo é vizinho, nem todo amor vira pó
Nem toda escola te ensina, nem todo acerto valeu
Nem toda história termina quando o começo morreu
Nem todo amor é bandido, todo sonho é legal
Nem todo beijo é ardido, toda paixão é fatal
Nem todo abraço é à vista, todo mundo é artista
Nem um ponto de vista vai ser ponto final”