Birras de crianças: como lidar com o temperamento infantil

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Birras de crianças: como lidar com o temperamento infantil

MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 07/02/2017 às 19:42
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2017/02/07/normal/56a9851dfc72eedf46d3a49d59f4ce0a.jpg Foto: JC


Helena já se agarrou ao urso do parque porque não queria ir emboraFoto: acervo pessoal

Para lidar com a situação, Ana Luiza já usou diversos métodos. De ignorar a birra e continuar andando a perder a paciência e dar uma palmada. "Em geral, a mãe sabe quando o filho está chorando por algum incômodo ou por birra. Eu geralmente tento entender do que se trata, converso, até dou uma de psicóloga. Sou totalmente contra a agressão, mas já houve uma situação em que tive que dar uma palmada, com se fosse um 'se ligue', mas ela acabou rindo. Foi bom, pelo menos, porque o chilique passou", relembrou a mãe de Helena.

Adriana Barros, por sua vez, evitar dizer que esse tipo de comportamento "manhoso" das crianças é "culpa" dos pais, mas admite que a forma de agir de um interfere na conduta do outro. "Muitos pais não conseguem impor limites aos filhos, dizer não, educar da maneira correta, porque estão cansados de uma rotina estressante para ambos. Passam o dia trabalhando e quando estão em casa estão cansados para reclamar, conversar, explicar. Educar é cansativo porque é um exercício de repetição", relatou a psicóloga.

Já o pai da pequena Gabriela Mariah, de 1 anos e 9 meses, Thiago Andrade torce para que a filha nunca apresente esse tipo de comportamento, mas admite que ela já faz um "charminho" quando quer alguma coisa. "Tem uma danado de um vídeo no celular que ela gosta de assistir à noite que se não der ela começa a chorar. Dependendo da hora da noite a gente cede, mas se for tarde, é só conversar com ela que fica tudo bem", disse. Ele, no entanto, revela que tem uma relação saudável com a criança e que eles se entendem só pelo olhar. "Ela sabe só de olhar pra gente que vamos, ou não, dar o que ela quer."

Para evitar situações constrangedoras em shoppings, restaurantes, consultórios médicos e outros locais públicos, a dica é, antes de sair de casa, ter uma conversa franca com criança, usando a linguagem dela, mas sendo firme. Pontos que podem ser debatidos é se haverá dinheiro, ou não, para comprar um brinquedo, por exemplo. E mesmo com esse tipo de diálogo, os pais devem entender que uma criança de 2 anos não vai ficar tranquila esperando horas para ser atendida ou quieta num restaurante barulhento.

A dica é, antes de sair de casa, ter uma conversa franca com criança, usando a linguagem dela, mas sendo firme
"O importante é os pais nunca desistirem e começarem a educar de forma mais próxima dos seus filhos desde muito pequenos. Mesmo crianças com menos de um ano já têm vontades e se expressam. Outra coisa é que quando acontecer a birra, as crianças não devem ser expostas a situações vexatórias que podem causar uma reação ainda mais agressiva", orientou Adriana Barros.

Mantenha a calma, sempre. Você serve de modelo para seu filho, quanto mais calmo ficar, mais rápido a situação vai se resolver - Ilustração: Guilherme Castro/NE10
Não grite. Fale com a criança em tom adulto e firme. Lembre de abaixar para falar olhando nos olhos dela - Ilustração: Guilherme Castro/NE10
Não bata no seu filho, mas pode retirá-lo do local do "chilique" colocando no braço ou carregando pelo braço - Ilustração: Guilherme Castro/NE10
No momento do ataque, desvie o foco da criança; evite conversar muito na hora, pois crianças até os 5 anos não conseguem manter a concentração - Ilustração: Guilherme Castro/NE10
E principalmente: quando notar que seu filho se acalmou, dê um abraço bem apertado para mostrar a ele que está tudo bem - Ilustração: Guilherme Castro/NE10
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