Conheça histórias de dedicação de avós a netos com microcefalia

Casal Maria de Fátima e Silvino Soares acompanha de perto o desenvolvimento do neto Pedro Miguel, de 9 meses Foto: NE10

Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.

Conheça histórias de dedicação de avós a netos com microcefalia

Priscila Miranda
Publicado em 26/07/2016 às 10:59
Casal Maria de Fátima e Silvino Soares acompanha de perto o desenvolvimento do neto Pedro Miguel, de 9 meses Foto: NE10


"A gente recebe fraldas, material higiênico e cestas básicas. Dinheiro ainda não, porque precisamos terminar o cadastro para receber auxílio do governo", diz o avô.

O casal vai semanalmente à Fundação Altino Ventura para a realização de terapias que vão ajudar o neto a minimizar os problemas causados pela microcefalia. "No começo, ele chorava muito. Agora, está mais calmo, porque toma remédio. Está ficando mais sabido, mas é difícil", comenta Maria de Fátima.

O que os dois mais querem para o neto é que o futuro seja bom para ele. "Que ele estude, que ande", deseja Maria de Fátima, "e que ele leve uma vida normal como qualquer criança", completa Silvino.

Em São Paulo, avó também ajuda filha a criar neto com microcefalia

AMOR INCONDICIONAL Nancy Assis e seu neto Bruno, de 9 anos Foto: Roberta Assis/Cortesia

 

Em Mogi das Cruzes, Região Metropolitana de São Paulo, a coordenadora pedagógica Roberta Assis sofreu muito ao descobrir, durante a gravidez, que seu terceiro filho tinha microcefalia. O choque inicial foi logo amenizado com o apoio de seus pais. “Meu pai me ajudou muito, inclusive acompanhava nas terapias. Infelizmente ele faleceu há dois anos, mas minha mãe é meu grande apoio. Sem ela, minha jornada seria muito mais difícil”, diz Roberta.

Hoje com 9 anos, Bruno Assis conta a ajuda fundamental da avó Nancy. Ela conta que não vê o neto com alguma diferença. "Para mim, ele é normal. Tem dificuldades para ler e escrever, mas é uma criança que sabe mexer melhor nas tecnologias do que eu. Eu adoro passar o dia com ele", afirma Nancy.

Além do apoio da mãe, Roberta diz que o avanço no desenvolvimento do filho também foi resultado do acompanhamento médico desde o nascimento. "Foram as terapias desde 15 dias de vida. Acho legal conscientização das famílias, parece que as terapias são 'bobinhas', mas o resultado ao longo do tempo é bem satisfatório", acredita. Assim como o caso de Pedro Miguel, o motivo do desenvolvimento da microcefalia em Bruno também não foi fechado pelos médicos.

"Fizemos uma bateria de exames, eu e ele, citomegalovírus e DST não foram, deu tudo negativo, assim como rubéola e outros vírus. Pode ter sido incompatibilidade de cromossomos, segundo a geneticista do Hospital Servidor Público de São Paulo. Precisaríamos cruzar os DNAs e, como isso não mudaria em nada o quadro dele, prefiro não realizar o exame e correr com terapias ao focar na causa, mesmo porque naquela época era muito difícil um laudo, alguém se interessar na causa, hoje virou algo muito mais evidente na mídia em decorrência do surto com o mosquito transmissor", explica Roberta.

TRIO INSEPARÁVEL Bruno, a avó Nancy e a mãe Roberta: amor que supera as dificuldades da microcefalia Foto: Roberta Assis/Cortesia

últimas
Mais Lidas
Webstory