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Páginas no Facebook postam raridades e despertam nostalgia

Priscila Miranda
Priscila Miranda
Publicado em 19/06/2016 às 8:40
Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
FOTO: Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Imagens da cidade nos anos 70 até raridades do século 19 são resgatadas pela página Recife de Antigamente / Foto: Acervo Wilton Carvalho/Cortesia

Imagens da cidade nos anos 70 até raridades do século 19 são resgatadas pela página Recife de Antigamente Foto: Acervo Wilton Carvalho/Cortesia

Uma foto em preto e branco mostra pessoas elegantes andando pelas ruas de um Recife quase sem carros. Outra imagem revela o primeiro calçamento de avenidas hoje importantíssimas para a cidade. Assim são as postagens da página Recife de Antigamente no Facebook, criada em 2013 e que hoje conta com mais de 80 mil curtidas. Ela é uma das inúmeras páginas da rede social que têm como mote a nostalgia.

O criador da Recife de Antigamente, Wilton Carvalho, 44 anos, sempre teve admiração por fotografias antigas. Natural de Fortaleza, veio morar na capital pernambucana na adolescência, e foi a partir dessa mudança que ficou mais encantado com a geografia da cidade. “Percebi que aqui os espaços são preservados, por mais que muita gente reclame e fale que não. Há muitos lugares bonitos, e eu costumava visitar bastante museus, como a Fundação Joaquim Nabuco”, relembra Wilton.

Quando começou a usar a internet, na década de 90, Wilton passou a pesquisar e guardar fotos que eram publicadas por outras pessoas em blogs e grupos de redes sociais como o Orkut. “Depois fui comprando livros com imagens de fotógrafos do século 19, eles tiraram muitas fotos raras do Recife”, diz.

Entre as raridades, uma foto considerada a mais antiga feita na cidade, no século 19. “Foi tirada do alto do Farol nos arrecifes. À direita, pode-se ver o Bairro do Recife”, afirma.

Wilton destaca que as postagens que têm maior repercussão entre os seguidores são as que mostram como a sociedade era no século passado. “As pessoas adoram ver como eram as roupas das mulheres e homens, que andavam muito arrumadas nas ruas. Monumentos da cidade e as pontes também são muitas curtidas. Há uma foto de uma ponte que existia antes da ponte de Maurício de Nassau, era muito parecida com a ponte da Boa Vista, de ferro, e que as pessoas comparam muito com os dias de hoje.”

Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
Avenida Antônio de Goes e Ponte Agamenon Magalhães em 1967 - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Circuito do Derby de Automobilismo em 1952 - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Avenida Boa Viagem entre os anos 1960 e 70 - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Duplicação da Avenida Caxangá em 1967, Hoje em dia, o local é cheio de construções e comércio em volta - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
Homem bem arrumados para pegar o ônibus na cidade - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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As mulheres também costumavam andar elegantemente nas ruas para pegar o bonde - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Grupo de moças jogando tênis - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Passagem do Graff Zepellin sobre o Recife na década de 1930. Detalhe para a aglomeração para vê-lo passar - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Olha só a "beca" para passear na praia - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia
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Serviço muito comum no século 20, homem e seu carrinho para vender leite na porta de casa das famílias - Acervo Recife de Antigamente/Cortesia

Anos 80 e 90 – Comerciais e vídeos de festas que aconteciam há mais de 20 anos fazem sucesso na página “Anos 80 e 90 Recife”, criada por Fábio Ferrajota, mais conhecido com DJ Fofão. Além da atuação como DJ, ele trabalha convertendo fitas VHS em DVDs, arquivos em que estão grandes preciosidades.

Fábio Ferrajota, que trabalha como DJ Fofão, tem um acervo grande de vídeos antigos em casa

Fábio Ferrajota, que trabalha como DJ Fofão, tem um acervo grande de vídeos antigos em casaFoto: Fábio Ferrajota/Cortesia

“Pego muita fita de clientes em que estão gravados novelas, comerciais. Retirava isso para mim e arquivava em casa. Comecei a colocar na minha página pessoal do Facebook, mas vi que não tinha nada a ver e decidi criar a página própria pra isso no final do ano passado”, conta. 

Atualmente a página conta com 23 mil curtidas e muito engajamento de pessoas que se identificam com as postagens. “O pessoal gosta principalmente dos posts sobre as boates que existiam no Recife. Ficam lembrando as músicas que tocavam na época, até do coquetel que tomavam as pessoas recordam”, comenta. 

 

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