Imagens da cidade nos anos 70 até raridades do século 19 são resgatadas pela página Recife de Antigamente Foto: Acervo Wilton Carvalho/Cortesia
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O criador da Recife de Antigamente, Wilton Carvalho, 44 anos, sempre teve admiração por fotografias antigas. Natural de Fortaleza, veio morar na capital pernambucana na adolescência, e foi a partir dessa mudança que ficou mais encantado com a geografia da cidade. “Percebi que aqui os espaços são preservados, por mais que muita gente reclame e fale que não. Há muitos lugares bonitos, e eu costumava visitar bastante museus, como a Fundação Joaquim Nabuco”, relembra Wilton.
Quando começou a usar a internet, na década de 90, Wilton passou a pesquisar e guardar fotos que eram publicadas por outras pessoas em blogs e grupos de redes sociais como o Orkut. “Depois fui comprando livros com imagens de fotógrafos do século 19, eles tiraram muitas fotos raras do Recife”, diz.
Entre as raridades, uma foto considerada a mais antiga feita na cidade, no século 19. “Foi tirada do alto do Farol nos arrecifes. À direita, pode-se ver o Bairro do Recife”, afirma.
Wilton destaca que as postagens que têm maior repercussão entre os seguidores são as que mostram como a sociedade era no século passado. “As pessoas adoram ver como eram as roupas das mulheres e homens, que andavam muito arrumadas nas ruas. Monumentos da cidade e as pontes também são muitas curtidas. Há uma foto de uma ponte que existia antes da ponte de Maurício de Nassau, era muito parecida com a ponte da Boa Vista, de ferro, e que as pessoas comparam muito com os dias de hoje.”
Anos 80 e 90 – Comerciais e vídeos de festas que aconteciam há mais de 20 anos fazem sucesso na página “Anos 80 e 90 Recife”, criada por Fábio Ferrajota, mais conhecido com DJ Fofão. Além da atuação como DJ, ele trabalha convertendo fitas VHS em DVDs, arquivos em que estão grandes preciosidades.
Fábio Ferrajota, que trabalha como DJ Fofão, tem um acervo grande de vídeos antigos em casaFoto: Fábio Ferrajota/Cortesia
Atualmente a página conta com 23 mil curtidas e muito engajamento de pessoas que se identificam com as postagens. “O pessoal gosta principalmente dos posts sobre as boates que existiam no Recife. Ficam lembrando as músicas que tocavam na época, até do coquetel que tomavam as pessoas recordam”, comenta.