Para se tornar um paleontólogo, é preciso ter formação em Geologia, Biologia ou até Geografia Foto: Paleolab da UFPE/Cortesia
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A professora Alcina Barreto, do Laboratório de Paleontologia, que faz parte do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que, para se trabalhar na área, é preciso ser, preferencialmente, biólogo ou geólogo. “Há profissionais que fizeram graduação em Geografia, também pode acontecer. Mas a disciplina de paleontologia é obrigatória tanto no curso de Geologia quanto de Biologia”, afirma. Na UFPE, o programa de Pós-Graduação da universidade oferece mestrado e doutorado com ênfase em paleontologia.
Diferentemente da arqueologia, que investiga a história da civilização e os vestígios deixados por ela ao longo dos anos, como ossos e utensílios do homem, o paleontólogo estuda fósseis de animais, plantas, células e dinossauros que viveram na Terra há milhões de anos. “Ele pode tornar-se professor, trabalhar em museus ou empresas de prospecção de petróleo, já que este é um combustível fóssil formado por hidrocarbonetos”, explica a professora.
FÓSSEIS EM PERNAMBUCO - O território pernambucano possui locais importantes para a paleontologia do Brasil e do mundo. O Estado guarda boa quantidade de formações geológicas, e cerca de 45 municípios têm, pelo menos, uma ocorrência de fósseis mamíferos extintos no final da época do Pleistoceno, período entre 2,5 milhões e 10 mil anos atrás.
“Da era Paleozoica, temos fósseis mais antigos do ambiente marinho, de cerca de 380 milhões de anos atrás, quando havia mar onde hoje é a região das cidades de Tacaratu e Petrolândia, no Sertão. Da era Mesozoica, o mais relevante são fósseis de peixes, plantas, pterossauros e dinossauros preservados na região do Araripe pernambucano, nos municípios de Araripina, Trindade, Exu e Ipubi. Lá existem os principais sítios paleontológicos do período Cretáceo do mundo, de mais ou menos 130 milhões a 76 milhões de anos”, exemplifica Alcina.
Outro importante sítio fica na bacia costeira de Pernambuco, local onde são encontrados fósseis de animais marinhos da época em que o continente sul-americano se fragmentou da África, no final da era Mesozoica e início da Cenozoica, há 70 milhões de anos.
“Infelizmente não temos muitos museus paleológicos em Pernambuco, mas aqui no Departamento de Geologia da UFPE temos uma exposição permanente que divulga os fósseis do estado. Recebemos alunos de escolas da rede Estadual e o público em geral através de visita agendada”, diz Alcina. Interessados em conhecer o espaço podem ligar para o telefone (81) 2126-7933 para marcar.