Queima de fogos – a tradição da queima de fogos de artifício é muito antiga. Povos acreditavam que os fogos tinham o poder de afugentar maus espíritos - Igor Bione/ JC Imagem
Os rituais também se estendem à casa e todos que nela vivem. Para que sorte e a prosperidade batam à porta, na família da professora Márcia Araújo, de 50 anos, todos participam. Ela conta que no dia 31 comem sete sementes de romã e as guardam na carteira, acendem todas as luzes da casa para a virada e jogam arroz na janela para atrair “positividade”. Além disso é obrigatório virar a noite com uma nota de dinheiro no bolso para que não falte no próximo ano.
PROCURA NO COMÉRCIO – Parte das superstições utiliza ingredientes simples como ervas, especiarias e alimentos sazonais encontrados nos mercados e feiras livres. No fim de ano cresce o movimento no anexo do Mercado de São José, no bairro de Santa Rita, no Recife, especializado na venda desses artigos.
Ceça Tavares, há 35 anos no mercado, confia nos supersticiosos para o aumento nas vendas de fim de ano. Foto: NE10
Conceição Tavares, a “Ceça” da Casa das Ervas, trabalha há 35 anos no ramo e aponta um crescimento de até 200% nas vendas. “O brasileiro é supersticioso; o recifense, então, bastante. Pessoas de diferentes religiões, poderes aquisitivos, até gente do exterior procura o poder das ervas”, comenta Ceça sobre o público que frequenta o local atrás de sorte para o próximo ano.
Nessa época, o item mais procurado no estabelecimento de Ceça é o banho das 14 ervas, que inclui ervas como arruda, manjericão, alecrim entre outros ingredientes. Ele custa R$ 30 e dá para dois banhos.