Anna Muylaert e Gabriel Mascaro saem em defesa de Kleber Mendonça Filho

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Anna Muylaert e Gabriel Mascaro saem em defesa de Kleber Mendonça Filho

Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 24/08/2016 às 20:17
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"A gente não vai participar porque acha que o ano é do Aquarius, então não tem por quê. É o mais cotado, pelo seu histórico em Cannes. Creio que Kleber esteja sofrendo perseguições sutis. Colocam na comissão alguém que o odeia e diz isso em público, então é algo aparentemente tendencioso. E agora vem essa indicação de 18 anos. São pequenas retaliações", disse Anna à reportagem na tarde desta quarta-feira, 24, referindo-se à decisão do Ministério da Justiça de classificar Aquarius para maiores, por conta de cenas "sexo explícito e drogas".

Diretor de Boi Neon, Mascaro divulgou uma nota em que questiona a capacidade da comissão de fazer um julgamento imparcial: "É lamentável que o Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, endosse na comissão de seleção um membro que se comportou de forma irresponsável e pouco profissional ao fazer declarações, sem apresentação de provas, contra a equipe do filme ‘Aquarius’, após o seu protesto no tapete vermelho de Cannes. Aquarius foi o único filme latino-americano na competição oficial de Cannes, tendo sido aclamado pela crítica internacional. Diante da gravidade da situação e contrários à criação de precedentes desta ordem, registramos nosso desconforto em participar de um processo seletivo de imparcialidade questionável".

Estrelado por Sônia Braga, Aquarius, que estreia dia 1º de setembro, concorreu à Palma de Ouro em Cannes em maio. Na première, ao posar para fotos no tapete vermelho, a equipe mostrou cartazes com inscrições como "Um golpe de estado ocorreu no Brasil", "O Brasil não é mais uma democracia". O diretor Mendonça Filho não foi localizado pela reportagem para comentar o assunto. Na terça-feira, ele declarou considerar que a classificação indicativa foi uma equívoco. "Eu não quero confabular teorias de que é uma decisão política", afirmou, cauteloso.

Desde o protesto em Cannes, Petrucelli vem escrevendo no Facebook comentários depreciativos sobre a questão. "Vergonha é o mínimo que se pode dizer sobre a equipe e o elenco de Aquarius", ele opinou na data do protesto. Cinco dias depois, postou: "Então foi assim: filme feito com dinheiro público vai a Cannes representar o Brasil e não leva prêmio algum. Ou seja, a mentira sobre o suposto golpe no País por meio de frases em papel A4 no tapete vermelho não adiantou muito além de expor o Brasil ao ridículo."

No último dia 3, ao anunciar a comissão, que tem nove membros e é trocada anualmente, o secretário do Audiovisual, Alfredo Bertini, disse que "a composição (do grupo) buscou contemplar as diversas etapas da cadeia produtiva do audiovisual e ter diversidade regional, com nomes com currículo robusto de diversas partes do Brasil".

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