Na volta às aulas, sensação é de tempo perdido entre alunos da UFPE

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Na volta às aulas, sensação é de tempo perdido entre alunos da UFPE

NE10
Publicado em 17/09/2012 às 14:17
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Depois de quatro meses de greve, cerca de 26 mil alunos das graduações dos três câmpus da Universidade Federal de Pernambuco (Recife, Vitória e Caruaru) voltaram às salas de aula, nesta segunda-feira (17), juntamente com os quase três mil professores. A sensação entre os estudantes entrevistados, porém, é de tempo perdido e uma quebra no ritmo de estudo.

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Cursando o 4º período de geologia, Saulo Henrique, de 30 anos, até tentou estudar por conta própria em casa, mas não conseguiu. "É mais difícil sem o acompanhamento das aulas e professores. Acabei perdendo a rotina de leituras", disse. A colega de sala, Danielle Mayara, 20, critica o novo calendário letivo por definir recessos muito longos. "Os intervalos foram muito extensos, isso vai prejudicar mais ainda nosso ritmo de aula", afirmou. Aluna de ciências biológicas, Marina de Siqueira, 20, discorda da futura geóloga. "Achei tranquilo porque ainda teremos um mês de recesso", comemora a jovem que não parou durante a greve, pois faz estágio na universidade.

Mayara Guedes, 21, também aluna de geologia, acredita que a greve não rendeu bons frutos aos docentes. "Foi muito tempo de paralisação para não conseguirem o que queriam", disparou. A jovem também criticou a falta de estrutura do câmpus, em particular, do Centro de Tecnologia e Geociência (CTG), cujo elevador apresenta problemas constantes e falta manutenção.


Raissa Muniz, Marina, Lhaysa e Raissa Moraes criticaram a falta de estrutura

Críticas à infraestrutura da UFPE não faltaram. Lhaysa Ramos, 20, do 4º período, comentou que os laboratórios do Centro de Ciências Biológicas (CCB) estão precisando de reforma e mais equipamentos, como lupas e microscópios. As colegas dela, Raissa Muniz e Raissa Moraes, ambas com 20, completam que a precariedade é nos laboratórios de aula prática, porque os de pesquisa estão bem equipados. "São financiados por entidades de ensino e extensão, como o CNPQ", esclarece. Das sete disciplinas em que estão matriculadas, três faltam ser concluídas com o fim da greve.


Alunos do Colégio Aplicação também voltaram hoje às aulas

APLICAÇÃO - No Centro de Educação, as aulas também voltaram ao normal nesta manhã. Durante as próximas duas semanas, o diretor do Colégio Aplicação, Alfredo Mator, informou que serão de reorganização da escola e do calendário para os ensinos fundamental e médio. Até a próxima sexta-feira (21), ele promete anunciar o novo cronograma de aulas.


O adolescente Daniel Esdras não esperava que a greve demorasse quatro meses

O estudante do 1º ano do ensino médio, Daniel Esdras, 15, disse que aproveitou o tempo da greve para estudar, "mas não com tanto afinco". Tatiana Araújo, 15, concorda com as reivindicações dos professores, mas discorda dos rumos que o movimento seguiu. "Eu apoio os ideais, mas o caminho que se tomou não foi o esperado por ninguém", concluiu.

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