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Faça login ou cadastre-seApós 68 dias de paralisação, os servidores técnico-administrativos das universidades federais de todo o País devem encerrar o movimento. Reunião do comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), que reuniu representantes de todas as instituições federais, decidiu aceitar a proposta apresentada pela União.
Nesta segunda e terça-feira, a sinalização será repassada, através de assembleias, aos servidores de cada Estado. Na quarta-feira, será dada a resposta da categoria, indicando se aceitam ou não a proposta de 15% de reajuste salarial. A decisão, no entanto, não interfere na paralisação dos professores. Eles continuam parados por tempo indeterminado.
Caso os servidores técnico-administrativos aceitem a oferta, na segunda-feira (27) as atividades nas Universidades Federal e Rural de Pernambuco serão retomadas, como lançamento do edital de matrículas para os veteranos, reabertura de biblioteca e laboratórios, além da volta de serviços no Hospital das Clínicas. Segundo o coordenador-geral da Fasubra, Gilbran Jordão, o índice de reajuste permanece igual ao que foi oferecido anteriormente. A diferença, explica ele, são os aumentos concedidos para aqueles que possuem qualificação. “A proposta ainda ficou inferior ao que estávamos reivindicando, mas foi o possível no momento”, afirma.
Outro fato que pesou para aceitação da proposta é a proximidade do dia 31 de agosto, quando é fechado o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), documento que orienta a elaboração e execução do orçamento anual. “O País está com sérias limitações financeiras. Sendo assim não podemos arriscar e levar a categoria a uma situação que não conseguiríamos chegar a um acordo”, explica Jordão. Além disso, foi concedida a extensão da lei de incentivo à qualificação para toda a categoria. O incentivo é um estímulo para que os servidores invistam também na área acadêmica.
Ao longo dos dois meses de greve, os servidores realizaram muitos protestos e participaram de várias assembleias para informar e conscientizar a população sobre a situação precária das universidades públicas e a falta de negociação com o governo. Em julho, manifestantes levaram uma boneca para um protesto no Centro de Convenções, em Olinda, apelidada de “Dilmá”.
A negociação entre governo e servidores não interfere no movimento dos docentes. “A gente respeita a posição dos técnicos, mas o nosso movimento continua forte”, afirmou o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), José Luiz Simões.
Na última quinta-feira, em assembleia, os docentes votaram pela continuidade da greve. O novo da categoria para definir os rumos da greve está agendado para o dia 27.