Greve

Professores da Bahia decidem manter paralisação

NE10
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Publicado em 27/06/2007 às 22:36
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Em assembléia realizada nesta quarta-feira, em Salvador, na Bahia, os professores da rede estadual de ensino resolveram manter a greve que chegou ao 50.º dia. A decisão surpreendeu o governo baiano, que ontem retomou as negociações e prometeu suspender o corte de ponto, em vigor desde o início do mês, e montou a escala de reposição de aulas, que iria até 18 de janeiro, sem recesso de meio de ano. Cerca de 1,2 milhão de estudantes estão sem aula no Estado.

"Estamos perplexos com a decisão", lamentou o secretário de Educação do Estado, Adeum Sauer. "Esperávamos contar com os professores o quanto antes, porque tínhamos chegado a um acordo com as associações e os alunos estão perdendo muito tempo do ano letivo." A decisão dos professores fez o governador baiano, Jaques Wagner (PT), abandonar o discurso conciliador. "Que esse grupo de professores, que eu acho ser a minoria, não se engane: vamos manter o corte de ponto dos grevistas e fazer o que for necessário para garantir aos estudantes o reinício das aulas o mais brevemente possível.

"Não há motivo nenhum para essa postura intransigente - e essa greve não tinha motivo nem para ter começado", garante Wagner. "Na média, o reajuste proposto por nossa equipe (de 17,28% para os professores de nível 1, para equiparação com o novo salário mínimo, e de 4,5% para os demais níveis da carreira) é o maior do funcionalismo público do Brasil este ano. Além disso, com o reajuste, o salário dos nossos professores passa a ser o quinto maior, na média, de todo o País.

A coordenação do movimento grevista alega que a grande diferença nos reajustes salariais vai criar achatamento das remunerações na carreira e pede aumento linear de 17,28% para professores de todos os níveis - reivindicação descartada pelo governo estadual.

Fonte: Agência Estado

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