TECNOLOGIA

Software de IA ajuda a classificar sintomas da doença Parkinson

Entenda como funciona teste online que usa IA para identificar gravidade do Parkinson

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Cadastrado por

Amanda Marques

Publicado em 27/09/2023 às 13:21 | Atualizado em 28/09/2023 às 10:18
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A Inteligência Artificial (IA) ganhou popularidade recentemente com ferramentas mais acessíveis para os usuários na web. Contudo, essa tecnologia já é uma alinhada no setor da saúde, principalmente para ajudar pacientes com doenças graves ou que prejudicam a sua rotina.

Esse é o caso da equipe de pesquisadores da Universidade de Rochester, em Nova York, que realizou um estudo em que um teste online alimentado por IA teve sua capacidade de classificação de sintomas do Parkinson analisadas e com resultados surpreendentes.

O estudo foi capaz de concluir que o software, que realiza o teste, possuía um desempenho próximo a exames clínicos feitos por neurologistas e mais elaborado em comparação ao de médicos não especialistas na identificação, sendo o software capaz de identificar a progressão e gravidade da doença.

Como funciona o software de IA? 

No estudo, foi utilizado um software de inteligência artificial que possui um modelo aprendizado de máquina (machine learning) capaz de analisar a gravidade dos sintomas de Parkinson através de vídeos de testes do toque com dedos, amplamente praticado entre os neurologistas, baseando-se em 22 pontos de referência.

A pesquisa demonstrou que, mesmo com vídeos caseiros feitos em casa e com baixa qualidade, o programa manteve o mesmo desempenho na classificação da doença.

O uso da IA para tratamento de Parkinson 

Para o especialista em Parkinson e neurocirurgião, Dr. Bruno Burjaili, a tecnologia pode ser uma ferramenta que impacte também nas cirurgias de implantes de marca-passo cerebral.

“Na disputa entre médicos especialistas, médicos não especialistas e a Inteligência Artificial, os especialistas ainda estão na liderança, demonstrando a importância do seu papel. Porém, a Inteligência Artificial conseguiu vencer a performance dos médicos não especialistas, demonstrando que podemos vir, em breve, a utilizar ferramentas como essas para facilitar o diagnóstico em situações especiais e até ajudar os próprios especialistas a graduarem a evolução da doença, propor diários de sintomas com análises objetivas aos pacientes, e até, no que se refere a minha prática regular, quem sabe, auxiliar na objetividade e agilidade da cirurgia de marcapasso cerebral”.

“Isso porque, devemos nos lembrar que nesse procedimento precisamos fazer testes em tempo real para verificar se a posição do eletrodo é a melhor possível e tudo o que puder otimizar esse processo será bem-vindo”, afirma Dr. Bruno Burjaili.

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