Em momentos de crise, muitas empresas acreditam que o corte de gastos deve acontecer com demissões ou diminuição do portfólio de produtos ou serviços.
Porém, esses desperdícios também acontecem de maneira implícita em processos e operações. E como consequência uma avaliação equivocada dos resultados e o entendimento sobre o que está causando o desperdício no negócio.
Nesse artigo falarei sobre três fatores que merecem a sua atenção e que podem ser chave não só para evitar o desperdício, mas também transformar a sua empresa em um negócio lucrativo.
Não saber de maneira transparente quais são as ações prioritárias para o negócio, tem como consequência uma lentidão na evolução e adaptação ao mercado.
Quando optamos por fazer várias coisas ao mesmo tempo, ou seja, não priorizar, a consequência é que na maioria das vezes o resultado é ter várias coisas feitas pela metade.
Imagine você decidir fazer 3 coisas onde cada uma levaria 1 mês para ser concluída. A lógica nos diz que podemos ter 1 ação realizada a cada mês, ou que teríamos todas as três ações realizadas ao final desses três meses.
E é aí que está a armadilha, existe um tempo necessário para alternar entre uma atividade e outra que nunca é levada em consideração, e ainda tem a famosa curva do esquecimento que nos obriga a revisar de onde paramos a cada vez que trocamos de atividade.
Esse chaveamento de uma ação para a outra nos toma bastante tempo, então, fazer 3 coisas ao mesmo tempo pode levar até 6 meses ao invés de 3 como se imaginava nesse exemplo.
Para evitar esse desperdício tenha sempre em mãos uma lista de ações ordenadas pela importância. E para escolher o que é mais importante, você deve levar em consideração três coisas:
Quem nunca ouviu alguém dizer que o seu principal defeito era ser perfeccionista. Pois é, perfeccionismo vai ser um problema quando ele está sendo um ponto de bloqueio para a conclusão de uma atividade.
O que não significa fazer as tarefas de qualquer jeito.
A questão é que a perfeição é algo que simplesmente não existe. As pessoas responsáveis pelas atividades devem ter a capacidade de entender o momento em que o desenvolvimento dessa ação pode ser liberada para o mercado ou não.
Para evitar esse desperdício o seu time deve ter uma tolerância ao erro, e entender que entregar versões simplificadas para o público vai antecipar a decisão de seguir em frente ou não a partir de dados extraídos do público alvo a cada nova entrega.
Esse é um clássico, e acredito que é o mais silencioso. São muitos exemplos envolvendo nomes de grandes empresas. Aos poucos vão deixando de ser lucrativas e não percebem que precisam melhorar e se adaptar ao mercado.
Esse apego ao modelo do negócio do passado é bem crítico, pois existe uma esperança que esse negócio volte a ser lucrativo da mesma maneira como era antes.
O problema, é que junto com essa esperança vem uma estrutura carregada de folha de pagamento, máquinas e tecnologias ultrapassadas acumulando prejuízos anos após ano.
A Kodak, até os anos 70 era detentora de 80% do mercado de câmeras fotográficas e 90% do mercado de filmes de fotografia.
A empresa teve uma iniciativa inovadora sendo uma das primeiras a disponibilizar câmeras digitais, porém, por receio de perder o mercado de filmes fotográficos, terminou engavetando o projeto e abrindo caminho para as outras empresas que surgiram com a disrupção. O resultado você já sabe.
Uma maneira de evitar esse problema é sempre ter frentes inovadoras com novos produtos ou serviços sendo testados, criando concorrentes do próprio negócio internamente. Essa competição interna pode prever os problemas encontrados com o surgimento de novas empresas disruptivas.