Agilidade: os métodos ágeis que ajudaram tantas empresas vão acabar?

Os processos ágeis são pilares da inovação para pequenas ou grandes empresas. Qual será o futuro da agilidade?
Moisés Falcão
Publicado em 01/06/2023 às 19:17
Evolução da agilidade Foto: Thiago Lucas


O assunto é polêmico e sempre surge nas rodas de conversas sobre produto, inovação e desenvolvimento. Ou aparecem de outras maneiras como publicações, artigos e vídeos espalhados em sites e redes sociais.

Antes que você se irrite, vou responder essa pergunta no começo do artigo. Para mim, a resposta é não. Agilidade é um conjunto de valores, práticas e princípios. Muita gente acredita que ao invés disso, agilidade é uma metodologia rígida que depende de papéis ou cargos em uma estrutura engessada.

Agilidade já existia antes da agilidade

Agilidade teve uma data de nascimento com o manifesto ágil, mas antes de existir literatura sobre o tema, a agilidade já existia através de times formados por pessoas focadas em melhorar o fluxo de trabalho ou de produção.

A diferença, é que não era uma cultura da comunidade, não era algo documentado e difundido em várias plataformas de conhecimento como foi o SCRUM, por exemplo. 

Eu fico pensando sobre quantas organizações, mesmo as mais primitivas, realizaram esses tipos de melhorias em linhas de fábricas. Quantas empresas tiveram sorte com pessoas que eram capazes de estar sempre melhorando o jeito de trabalhar e produzir.

Imagine quantos conhecimentos se perderam com esses times e com esses processos. Com certeza, muitas práticas antes da cultura ágil seriam disruptivas hoje, mas nasceram e morreram junto com essas empresas.

Mas, e os valores e princípios ágeis escritos no manifesto sempre existiram? Para mim, eles também evoluíram.

Princípios mudam com o tempo?

Lendo o primeiro princípio do manifesto ágil teremos a seguinte frase:

É um princípio que reflete muito os problemas que os desenvolvedores de software tinam na época em que ele foi escrito. Porém, temos grandes debates acontecendo nesse momento como inclusão social e sustentabilidade num sentido mais amplo.

Será que daqui a algum tempo a maior prioridade continuará sendo a satisfação do cliente? Será que não terão outros valores envolvidos relacionados à assuntos que estão em franco debate atualmente?

Se a agilidade vai acabar ou não, acredito que é um debate semântico. Podemos dizer que a agilidade vai acabar, podemos dizer que ela jamais existiu e também podemos dizer que ela sempre esteve por aqui.

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