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Telescópio James Webb detecta molécula necessária para a vida na Nebulosa de Órion

Descoberta do Telescópio James Webb proporciona pesquisas sobre química interestelar e ajuda a entender a formação do universo.

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 27/06/2023 às 10:07 | Atualizado em 27/06/2023 às 10:09
Noticia
NASA.
Telescópio James Webb registra imagem de constelações. FOTO: NASA.

Novamente, o Telescópio James Webb, da NASA, ajuda cientistas na descoberta de novidades no universo. Os pesquisadores conseguiram encontrar um novo composto de carbono no espaço pela primeira vez.

O cátion metil (CH 3 +) é uma molécula muito importante para a formação de moléculas mais complexas baseadas em carbono.

O composto foi identificado em um sistema estelar jovem, com um disco protoplanetário, localizado a cerca de 1.350 anos-luz de distância na Nebulosa de Orion.

“Essa detecção não apenas valida a incrível sensibilidade do Webb, mas também confirma a postulada importância central do CH 3 + na química interestelar”, disse Marie-Aline Martin-Drumel, da Universidade de Paris-Saclay, na França, membro da equipe científica, de acordo com a CNN Brasil.

Nasa.

Imagem do Telescópio James Webb que detectou molécula. - Nasa.

A "molécula da vida"

O potencial do James Webb tem impressionado a comunidade astrônoma, que utiliza das capacidades do telescópio para encontrar mais evidências da formação do universo.

A equipe prevê que a radiação ultravioleta (UV) encontrado no sistema, onde o CH 3 + foi detectado, é uma fonte de energia necessária para forma o composto. Uma vez formado, o CH 3 + proporciona reações químicas para construir moléculas de carbono mais complexas. Isso fornece um cenário favorável para vida. 

Essa atuação dos raios UV ajuda os pesquisadores entenderem a influência e mudança em relação aos discos protoplanetários típicos.

“Isso mostra claramente que a radiação ultravioleta pode mudar completamente a química de um disco protoplanetário. Na verdade, pode desempenhar um papel crítico nos primeiros estágios químicos das origens da vida”, elaborou Olivier Berné, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica em Toulouse, principal autor do estudo.

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