TECNOLOGIA

Aprendendo a aprender: como desenvolver uma das habilidades mais valiosas para profissionais atualmente?

Veja como conseguir ter um conhecimento continuamente atualizado e ampliado.

Rafaela Borges
Rafaela Borges
Publicado em 02/05/2023 às 10:18 | Atualizado em 02/05/2023 às 10:23
Artigo
ILUSTRATIVA: REPRODUÇÃO
Aprender a aprender é uma revolução para o profissional FOTO: ILUSTRATIVA: REPRODUÇÃO

Você já ouviu falar no termo em inglês “lifelong learning”? Em uma tradução para o português seria algo como “aprendizado ao longo da vida”. Essa expressão tem sido usada por empresas e profissionais para se referir a um tipo de habilidade cada vez mais requerido e valioso para o mundo inseguro e instável em que vivemos: a capacidade de estar em constante movimento intelectual e aprendizado contínuo.

Com um perfil bem diferente do período pós-industrial, hoje passamos do mundo VUCA (acrônimo para: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade) ao BANI (cujo significado traduzido é “fragilidade, ansiedade, não linear e incompreensível”), vivenciando ainda mais complexidade para as interpretações dos contextos, as relações entre as pessoas e os perfis de atuação.

Nunca tivemos tantas tecnologias competindo por atenção e tantas particularidades para cada faixa etária, nicho ou preferência. E se hoje se consome muito mais informações do que em toda a história da humanidade, é natural que estas informações também se tornem obsoletas rapidamente.

Por isso, a necessidade de ter o conhecimento continuamente atualizado, enriquecido e ampliado.

Para quem ainda não possui uma rotina de estudos estruturada ou já experimentou a sensação de que não consegue evoluir no aprendizado como gostaria, existem três etapas cuja neurociência já identificou que fazem parte do processo de neuroplasticidade, ou seja, a capacidade do sistema nervoso de sofrer modificações e adaptações quando exposto a novas experiências. 

Confira a seguir:

Aprendendo a aprender: as três etapas da evolução no aprendizado 

1. Aquisição

Para aprender é preciso buscar conhecimento ou experiências que proporcionem a exposição a novos conteúdos de acordo com o que se deseja evoluir.

Leituras de livros, cursos, formações, podcasts e materiais nos mais diversos formatos existentes serão ótimas ferramentas. Só a busca pelo conhecimento - seja prático, seja teórico - é capaz de ampliar o repertório intelectual e abrir novas trilhas de aprendizado.

2. Retenção

Reter o conhecimento pode requerer estratégias diferentes para cada pessoa. Os mais visuais podem conseguir uma maior absorção daquele conteúdo a partir de uso de materiais gráficos, esquemas visuais e recursos que proporcionem a memória da imagem. Já aqueles cinestésicos, pessoas que precisam do contato sensorial para absorver, certamente precisarão criar exemplos práticos para reter aquela nova informação.

De um modo geral, compreender o que funciona melhor para você vai ampliar este processo significativamente, mas revisar os temas após o aprendizado e praticá-los será certeiro para qualquer perfil.

3. Evocação

Ao utilizar o conhecimento adquirido em uma situação prática, ele será evocado e “registrado” na memória de forma mais perene. Esta fase do ciclo de aprendizado normalmente é a que diferencia um conteúdo “para a vida toda” daqueles que rapidamente são esquecidos. Conseguir aplicar em situações reais o que se aprende é uma forma de ampliar o aprendizado e ainda praticar novas possibilidades.

Por fim, todo aprendizado exige que se saia da zona de conforto na busca por novas respostas, muitas vezes motivadas, inclusive, por novas perguntas. Sem dúvida, esta é uma prática que só traz benefícios para a carreira, a vida pessoal ou o serviço à sociedade, e ainda faz bem para o cérebro.

Pratique sem medo de dar errado, pois, como diria Chico Science: “Um passo à frente e você já não está mais no mesmo lugar”.

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