Cientistas modificam bactéria para combater o câncer e poderá ser testada em humanos nos próximos anos

Confira como funcionou a pesquisa e o possível avanço para o combate ao câncer em humanos
Amanda Marques
Publicado em 18/04/2023 às 8:14
Bactéria modificada pode ser avanço para o combate do câncer em humanos. Foto: CEUPE.


Na última semana, os estudos de medicina na Universidade de Stanford trouxeram um avanço importante para a comunidade científica, uma vez que pesquisadores conseguiram avançar no combate ao câncer com o uso de micróbios e bactérias da pele.

Testada apenas em camundongos, a bactéria Staphylococcus epidermidis foi descoberta no pelo dos roedores e alterada para produzir uma proteína estimuladora do sistema imunológico contra tumores específicos.

"Parecia quase mágica", afirmou o professor associado em bioengenharia na universidade norte-americana e PhD, Michael Fischbach, segundo o MIT Technology Review. “Esses camundongos tinham tumores muito agressivos crescendo em seus flancos, e demos a eles um tratamento gentil, simplesmente pegamos um cotonete de bactérias e o esfregamos no pelo de suas cabeças”.

De acordo com Stanford, os testes em humanos já estão sendo planejados para os próximos anos.

Como funcionou o teste para combater os tumores? 

O experimento realizado pelos cientistas consistiu em descobrir as células estafilocócicas da epiderme que resulta na produção de células imunes chamas de T CD8 e visam antígenos específicos. No caso pesquisado, os antígenos estavam relacionados a tumores de câncer de pele, segundo o Engadget.

Assim, o teste adicionou células cancerígenas nos ratos, alguns com o micróbio normal e outros com o micróbio modificado. O resultado foi que o câncer foi significativamente retardado em camundongos que receberam a versão modificada.

Além disso, os cientistas também testaram a bactéria em camundongos que já apresentavam tumores, resultando em encolhimento dos tumores.

“O que é empolgante para nós é a ideia de que você pode simplesmente esfregar isso atrás da orelha de alguém e ir embora”, afirmou Fischbach, de acordo com o MIT Technology Review. “E então, 10 dias depois, você pode ver uma resposta imune potente que, em princípio, persiste indefinidamente”.

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