Estudantes ganham dinheiro vendendo conteúdo adulto de mulher criada por Inteligência Artificial

"Parece uma IA", comentários como esse são cada vez mais comuns em sites de conteúdo adulto, onde os usuários nem sempre sabem, mas já se depararam com uma Inteligência Artificial (IA) roubando a cena.

O caso de uma famosa conta que supostamente pertencia a uma mulher de franja preta, olhos verde-azulados e pele limpa, a Claudia, repercutiu na web após declararem que ela é gerada por IA.

Dois estudantes de ciência da computação inventaram uma conta após encontrarem uma postagem no Reddit de um homem que faturou com fotos de mulheres reais. Eles decidiram criar a Claudia por piada e as fotos obscenas da IA no Reddit gerou cerca de US$ 100 antes que usuários denunciassem a conta.

“Você poderia dizer que toda essa conta é apenas um teste para ver se consegue enganar as pessoas com imagens de IA”, afirmou a equipe por trás de Claudia, que se recusou a revelar seus nomes verdadeiros. “Você pode compará-lo com os vtubers, eles criam seus próprios personagens e jogam como uma pessoa totalmente diferente. Sinceramente, não achamos que teria tanta tração.”

Como Claudia foi criada?

Claudia foi possível a partir do Stable Diffusion, programa de inteligência artificial que usa aprendizado de máquina para gerar imagens super realistas usando descrição de texto.

A IA é uma das primeiras criadoras de conteúdo adulto fictício a ser gerada pela tecnologia IA, prevalecendo a preocupação de deepfakes, ou seja, conteúdos que usam o rosto de pessoas sem o seu consentimento e ganham pela fidelidade.

Segundo a Rolling Stone, a Sensity afirmou que em uma empresa de IA quase 96% de todos os deepfakes são voltadas para conteúdos pornográficos e apresentam o rosto de uma mulher sendo usado sem consentimento.

Deep Fakes e regulamentação 

Com o fácil acesso das IAs, mais casos como o de Claudia trazem à tona a discussão em relação às deep fakes e como os conteúdos da tecnologia estão sendo gerados a partir do que já existe e sem qualquer consentimento. 

Além disso, a regulamentação da inteligência artificial também é outro fator que tem mobilizado gurus da tecnologia em busca de um uso mais ético e moral da ferramenta.