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Faça login ou cadastre-seEnquanto espera na fila uma das concorridas sessões da South by Southwest (SXSW) 2023, um grupo de brasileiras conversa animadamente sobre como conseguir produtos derivados de maconha nas ruas de Austin, no estado americano do Texas, onde o uso medicinal da Cannabis está liberado. "Eu comprei na loja balinha, óleo, um narguilê...", detalhava uma delas.
Dentro da sala da conferência, um grupo combina, em sotaque gaúcho, onde ira jantar churrasco "doce". Definitivamente os brasileiros invadiram Austin para o South by SouthWest (SXSW) 2023, festival que mistura inovação, tecnologia, cinema e música. Nesses dias de SXSW, o português se tornou uma das línguas mais faladas nessa cidade de forte presença hispânica, onde inglês e espanhol se misturam.
Os brasileiros não se limitaram à plateia. A fintech de educação Educbank recebeu o prêmio People's Choice na competição entre negócios inovadores na área de impacto social.
A Educbank financia escolas privadas de educação básica e prevê movimentar R$ 1 bilhão por ano, segundo seu fundador, Danilo Costa.
Outro time brasileiro que mereceu destaque foi o da startup Agentes do Meio Ambiente (AMA), que foi escolhido entre os negócios promissores que não receberam financiamento prévio.
A AMA usa as redes sociais para criar microinfluenciadores em áreas urbanas conectando e remunerando quem colabora com programas de educação ambiental.
O português brasileiro está por toda parte. A apresentação de Edu Lyra (do projeto Gerando Falcões) foi toda na língua de Camões. Os poucos americanos presentes mereceram uma tradução simultânea feita num cantinho da sala.
Nas platéias, lojas, cafés, restaurantes, traillers de taco, aeroporto... tem sempre alguém falando português.
Paulistas são a maioria, mas também é possível encontrar gaúchos, cariocas, brasilienses e aqui e acolá, um nordestino. São empreendedores, investidores, executivos e muitos publicitários. Não à toa o site e consultoria Update or Die, reduto de criativos e nerds descolados, apelidou a SXSW de "Disney dos publicitários".
O festival este ano deve bater o recorde de inscritos de 2019 (65 mil) e mais de 30% dos participantes veem de fora. O Brasil tem a maior delegação estrangeira, segundo Hugh Forrest, diretor de programação do evento.
Pelo menos 2000 brasileiros compõem a delegação estrangeira. Número que só perde para o de americanos (os números finais só serão conhecidos ao final do festival, no dia 19 de março, mas há grande chance de ter sido recorde).
Com tanta gente, não é surpresa que Brazlian Meet Up, evento social marcado para acontecer numa sala para 150 pessoas no Hotel Hilton, lotou antes mesmo de começar.
Tinha mais gente no corredor do que do lado de dentro, e a maioria acabou descendo e literalmente hackeando um evento paralelo que era promovido pela Vimeo no andar de baixo. O Brazilian Meet Up paralelo bombou, com boca livre de vinho, cerveja, refrigerante e hambúrguer.
E pense num povo colaborativo. Os brasileiros criaram vários grupos e uma comunidade de WhatsApp para compartilhar fotos das apresentações, transcrições e impressões; um doc no Google para organizar tudo e se tornaram os maiores usuários do aplicativo Otter, que faz transcrições simultâneas.
"Adorei a apresentação da Amy Webb sobre Tech Trends, além da exposição do Ryan Gellert, CEO da PATAGÔNIA, que doou 100% das suas cotas para ONGs de preservação do meio ambiente", comentou o presidente do Experience Club Nordeste, André Farias, que ajudou a organizar uma caravana de empresários e executivos.
O produtor brasiliense Washington Ribeiro já foi várias vezes para o festival. É uma ótima oportunidade para aprender sobre inovação, cultura e novidades. E claro, conhecer pessoas". Criar conexões é uma das maiores virtudes do festival.