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Faça login ou cadastre-seSe o festival de inovação e arte SXSW, realizado anualmente em Austin, no Texas, tivesse um rosto, ele seria o de Amy Webb. Todos os anos a CEO do instituto Future Today, dos EUA, realiza uma das mais aguardadas conferências do evento.
Neste sábado (11) não foi diferente. O horário de início da palestra de Webb era 10h, mas só quem chegou por volta das 8h conseguiu entrar no concorrido salão do Centro de Convenções de Austin, uma das várias sedes do festival que se desenrola por todo o centro da cidade.
A futurista disse temer não estarmos preparados para a velocidade com que as várias ferramentas e modelos estão evoluindo, com Inteligência Artificial (AI) capaz de criar textos, imagens e até proteínas que são a base da vida na terra.
Webb lança anualmente no festival de Austin o relatório Future Today. Nas suas mais de 800 páginas, há previsões para várias áreas, além de sugestões de como enfrentar os cenários.
Ela usou a palavra “Foco” como tema central e explicou que o relatório, que está na sua 16ª edição tradicionalmente trazia 666 tendências. Este ano, 35 delas receberam análise mais detalhada e acabaram resumidas em 14 temas.
Acesse aqui o Treck Trends Report 2023.
Sobre a Inteligência Artificial, Webb prevê que em até dois anos a IA generativa vai se popularizar em aplicativos usados rotineiramente pelos consumidores.
A IA generativa são sistemas capazes de gerar novos conteúdos e ideias. São os sistemas de IA da nossa década. Os modelos anteriores eram chamados de IA perceptiva, usavam imagens e textos para entender o contexto.
O já mundialmente famoso ChatGPT, da OpenIA, sistema que "conversa" com o usuário, assim como seu "irmão" DALL-E, que gera imagens, e outros como o Midjourney e o Bard do Google estão aí para provar que esse futuro de fato já está na porta.
Webb citou como exemplos a Microsoft, que incorporou o DALL-E 2 da OpenAl em aplicativos de design. E o Bard do Google que tem uma API para incentivar desenvolvedores a criar novos produtos.
Para a futurista, a inteligência artificial terá papel de liderança no processo criativo (em roteiros, trilhas sonoras e outros conteúdos), o que deve gerar questões relativas aos direitos autorais.
A inteligência artificial generativa está mudando a maneira como as mídias são produzidas e também consumidas. Mecanismos de busca estão passando por uma grande transformação.
Essas inovações devem mudar a forma como os usuários descobrem novos conteúdos, A confiança no ecossistema de notícias está passando por uma baixa histórica no mundo. Pesquisadores de IA estão estudando como os algoritmos podem ajudar nas recomendações de notícias e identificar desinformação (as chamadas fake news).
Webb acredita que estamos prestes a vivenciar um evento que ela denominou AISMOSIS, quando todas as IAs vão interagir entre si e usar dados de qualquer fonte.
O AISMOSIS dificultaria o acesso a conteúdos personalizados - o algoritmo escolheria algo para o usuário baseado em suas últimas ações, não nos seus desejos.
A futurista alerta governos e empresas que é preciso educar as pessoas, e não banir o uso dos sistemas, como acontece com escolas americanas, que proibiram o ChatGPT. Para ela, a falta de democratização do conhecimento poderia levar a uma ruptura social, dificultando para uma parcela da população o acesso a novos empregos.
Uma grande preocupação é com relação à segurança dos sistemas baseados na tecnologia blockchain (cadeias descentralizadas de certificação) e nos contratos inteligentes. São necessárias novas medidas de cibersegurança.
O relatório Future Trends prevê que o 6G, a sexta geração de tecnologia wireless, deve ter uma adoção mais rápida que a 5G, pois não exige nova infraestrutura. A internet por satélite pode tornar provedores de internet irrelevantes.
Na área de finanças, a previsão é de um amadurecimento da descentralização. Novas tecnologias estimulam o open banking. O passo seguinte é a open finance, que pode ajudar na distribuição mais ampla de recursos para toda a população.