COMEMORAÇÃO

Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências: 6 mulheres que marcam a história da ciência no Brasil

Dia 11 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências.

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 11/02/2023 às 11:42 | Atualizado em 11/02/2023 às 11:51
Noticia
BERNARDO PORTELLA/FIOCRUZ
A partir de amostras coletadas no início da pandemia no estado, a pesquisa identificou pelo menos duas introduções de linhagens europeias FOTO: BERNARDO PORTELLA/FIOCRUZ

11 de fevereiro é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências, data comemorativa que promove a inclusão e visibilidade do gênero na área predominantemente composta por homens. A data foi aprovada pela Assembleia Geral em 2015 e celebrada pela Nações Unidas e UNESCO.

Esse dia é uma importante reflexão sobre a baixa representatividade de mulheres e meninas nas áreas como ciências, tecnologia, engenharia e matemáticas (STEM). 

Nesse dia, o secretário-geral da ONU, António Guterres, relembrou que as mulheres representam menos de um terço da força de trabalho nas áreas. Além disso, uma em cada cinco trabalha com inteligência artificial, tecnologia essa que está em grande ascensão no ano de 2023.

Pensando nesta data, confira as mulheres que marcaram a história científica do Brasil. 

Dia Internacional das Mulheres e Meninas nas Ciências

Enedina Alves Marques

Enedina Alves Marques se formou em Engenharia Civil, em 1945, pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), sendo a primeira mulher a se formar como engenheira no Estado e a primeira engenheira negra do Brasil.

A profissional morreu em 1981, mas ainda deixa um grande legado marcado por representatividade e inspiração para mulheres negras.

Dica App do Dia / Hypeness
Enedina Alves Marques. - Dica App do Dia / Hypeness

Graziela Maciel Barroso

Conhecida como a "Primeira Dama da Botânica no Brasil", Graziela foi uma botânica de reconhecimento internacional, que focou sua pesquisa nas áreas de taxonomia e morfologia.

A pesquisadora proporcionou a identificação de diferentes espécimes vegetais de variados biomas, além de ser uma figurante marcante à favor da natureza e liberdades democráticas no período da ditadura militar. Graziela Barroso morreu em 2003.

Canal Futura.
Cientistas brasileiras que marcam o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. - Canal Futura.

Ester Sabino e Jaqueline Goes

Graças ao papel essencial de Ester Sabino e Jaqueline Goes, especialistas, virologistas e epidemiologistas em saúde pública conseguiram desenvolver vacinas e testes diagnósticos, uma vez que as brasileiras foram responsáveis pela equipe que sequenciou uma das variantes do coronavírus.

A equipe liderada por Goes, que conta com Claudio Tavares Sacchi, responsável pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, conseguiu sequenciar completamente o genoma viral encontrado no Brasil, chamado de SARS-CoV-2.

FOTO: Portal Aprendiz - UOL.
Ester Sabino e Jaqueline Goes foram essenciais para o combate ao SARS-CoV-2, variante do coronavírus. - FOTO: Portal Aprendiz - UOL.

Vivian Miranda

Com graduação em física na UFRJ e doutorado na Universidade do Arizona, onde foi a primeira transexual a concluir o curso, Vivian Miranda participou de um projeto da Nasa para desenvolver um satélite de US$ 3,5 bilhões.

"Ser mulher transexual na academia é uma responsabilidade e um peso imenso. Eu sinto que meu possível fracasso é o fracasso de todas as minhas irmãs de vida (outras mulheres trans) e que muitos apontarão o dedo caso eu decida fazer outra coisa na vida.", afirmou a astrofísica para o jornal O Tempo, em 2019. 

O TEMPO.
Vivian Miranda. - O TEMPO.

Elisa Frota Pessoa

Nascida em 1921, Elisa foi um marco para as mulheres no campo da ciência, uma vez que resistiu aos preconceitos da época para estudar na Faculdade Nacional de Filosofia, atual UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), além de ter ajudado na fundação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). 

A cientista morreu em 2018, aos 97 anos, e deixou um legado importante na área de emulsões nucleares no Brasil. 

 

 

* Com informações da Forbes Brasil, UOL, Unicentro. 

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