SAÚDE

O QUE É MAL DE PARKINSON? Saiba quais são os sintomas, causas e tratamento para DOENÇA DE PARKINSON

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é a de que 200 mil pessoas tenham Parkinson no Brasil

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 28/04/2023 às 12:00 | Atualizado em 28/04/2023 às 12:26
Noticia
FREEPIK/BANCO DE IMAGENS
A causa da doença de Parkinson não é conhecida FOTO: FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Nesta sexta-feira (28), a jornalista e apresentadora Renata Capucci falou pela primeira vez na TV aberta sobre o diagnóstico de Parkinson que recebeu há cinco anos, quando tinha 45 anos de idade.

O relato da jornalista foi feito durante o programa Mais Você, da TV Globo, apresentado por Ana Maria Braga.

Antes do Mais Você, Capucci só havia falado sobre o diagnóstico no podcast Isso é Fantástico. "Eu fui diagnosticada com Doença de Parkinson em outubro de 2018, quando tinha 45 anos", contou Capucci.

De acordo com a jornalista, ela começou a mancar enquanto participava do reality "Popstar" e não notou inicialmente.

Mesmo com fisioterapia e osteopatia o sintoma não melhorou. O alerta ligou um dia em que o seu braço subiu sozinho.

A percepção tardia pode ter acontecido porque por mais que os sintomas motores sejam os mais característicos da Doença de Parkinson, existem outros que costumam aparecer entre 10 e 15 anos antes, fase conhecida como pré-motora.

Siga lendo a reportagem e veja quais são os sintomas, causas e tratamentos para a Doença de Parkinson, que segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), acomete cerca de 200 mil pessoas no Brasil.

O QUE É DOENÇA DE PARKINSON?

A Doença de Parkinson ou Mal de Parkinson é uma enfermidade neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita.

A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra.

Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.

DOENÇA DE PARKINSON SINTOMAS

Quem é acometido pela Doença de Parkinson tem um aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente.

O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro.

O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia.

Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída.

O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas.

Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre diminuição do tamanho da letra).

Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

Vale ressaltar que a progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Em geral, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.

PARKINSON TRATAMENTO

A ciência ainda não descobriu uma cura para a Doença de Parkinson, mas ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso.

A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam.

Por isso, nada pode ser feito diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia ocupacional.

Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e com a voz.

Esta matéria não substitui um diagnóstico médico, nem o tratamento adequado a ser prescrito por um profissional de saúde. Se suspeita de Doença de Parkinson, procure um médico para investigação e início de tratamento.

Fonte: Associação Brasil Parkinson e Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

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