Algumas palestras e oficinas são sujeitas à lotação, por isso o mais indicado é chegar o quanto antes para garantir a vaga. Já os shows, que acontecem nos espaços abertos, não precisam de inscrição prévia.

A quarta edição do Rec’n’Play faz homenagem aos 30 anos do movimento Mangue Beat e tem uma vasta programação com shows especiais como de Otto, Isaar, banda Mundo Livre S.A e banda Edun Ará Sangô, vencedora do Festival Let’s Play.

O festival conta com uma trilha de conteúdo escolhida pelo produtor cultural Paulo André e pela cantora e filha de Chico Science, Louise França. Além das atrações musicais que vão relembrar o movimento cultural pernambucano, também acontece o lançamentos de livros, oficinas, exibição de filmes e bate-papo com artistas que viveram o movimento.

Os alunos e alunas do curso de Jogos Digitais do Senac apresentaram um jogo especial criado com o tema do Manguebeat, o “Stronguejo” personagens tradicionais do movimento como o Caranguejo e por outros conhecidos pelos recifenses, o tubarão.

A aluna Nilda Juliana, que faz parte do projeto, destacou a importância de levar a tecnologia para a cidade, não só nas escolas e faculdades. “É importante que a gente traga jogos, aplicativos e outras áreas também para que as pessoas possam ver que a área de tecnologia é muito abrangente, que dá para fazer muita coisa e que cabe todo mundo, inclusive nós mulheres que somos poucas dentro dessa área”, conta.

A ativação está instalada na Casa Zero, primeiro shopping sociocultural do Brasil, polo do Senac no evento. “É muito legal ver a ilha do Recife Antigo tão bonita, tão repleta de pessoas vindo para o Recife, ocupando a cidade tão plural e diversa”, afirma Návila Teixeira, CEO da Casa Zero.

Com dois anos de pausa por conta da Covid-19, muitos participantes estavam ansiosos para a volta do festival. “Estava aguardando muito pelo Rec’n’Play porque participei da última edição em 2019 e estava tendo muitas atividades relacionadas à arte e esse ano não foi diferente. Comecei o dia vendo uma oficina de Stop Motion, depois vi outra de audiodescrição, está sendo incrível”, conta Alejandro Falcão, estudante de artes visuais na UFPE.

Renan Victor, 19 anos, estreou sua participação no festival representando a Coliga, Escola Digital de Economia Criativa. “Acredito que estar na Rec’n’Play é ocupar espaços. É um grande privilégio juntar a população jovem, idosa, entre outras, essa mistura de gente para buscar conhecimento, desenvolvimento cultural e economia criativa que vem revolucionando nossa cidade”, afirma.

Vitor Arruda, 27 anos, é produtor de conteúdo e também participou pela primeira vez do festival. “É meu primeiro Rec’n’Play e acredito que esse é o momento mais interessante porque estou em processo de transição de carreira. Participei de uma palestra sobre a era dos criadores de conteúdo e pude desenvolver minha visão de negócio. O festival tem uma variedade muito grande de temas, participei até de uma oficina de café, foi super legal. É sensacional viver a cidade da maneira mais viva”, conta.

Palestrantes, como a atriz e produtora de conteúdo Ademara, a cantora Maria Gadú, a presidente da Microsoft Brasil Tânia Cosentino, a nadadora olímpica e campeã mundial de natação Etiene Medeiros, o cantor e compositor China Ina, o jornalista Pedro Lins, são alguns dos nomes confirmados no evento.
O Rec’n’Play reúne uma vasta programação para todas as idades, até as crianças. Alice Siqueira, 7 anos, brincava de jogo de xadrez na Avenida Rio Branco. Sua mãe, Lucia Siqueira, 46 anos, arquiteta e urbanista, organizou a programação em família. “Trouxe minha filha pra ver gente com ideias novas e participar dessa festa do conhecimento”, conclui.

O primeiro dia de festival encerrou com programações culturais em diversos palcos espalhados pelo bairro do Recife. A programação se estende até o sábado (19), confira no site https://recnplay.pe.