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Doenças oculares podem ser agravadas pelo diabetes

No dia mundial dedicado à conscientização da doença, entenda porque a prevenção é importante e saiba onde buscar ajuda caso haja necessidade de tratamento oftalmológico

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Publicado em 14/11/2020 às 6:31
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Thiago Medeiros/Divulgação
O oftalmologista Sílvio De Biase esclarece sobre as repercussões que o diabetes provoca no organismo FOTO: Thiago Medeiros/Divulgação
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Somando 16,8 milhões de pessoas com diabetes, de acordo com dados de 2019 do Atlas da Federação Internacional do Diabetes, o Brasil é o país da América Latina com maior número de casos desse mal tão comum, silencioso e perigoso. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia estima que 40% de seus pacientes sequer sabem que têm a doença, caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue causado pela baixa produção de insulina (tipo 1) ou pelo mau processamento da glicose (tipo 2) presente na corrente sanguínea.

Entre as várias repercussões que o diabetes provoca no organismo, há diversas que afetam a visão e a saúde ocular como um todo. “O excesso de glicose que caracteriza o diabetes pode lesar os microvasos do corpo como um todo, e no olho não é diferente. Isso pode repercutir na retina, uma região muito nobre, e essa lesão nos vasos da retina pode causar um edema, um inchaço que vai distorcer a visão. Em outros casos pode levar a hemorragias, sangramentos e até mesmo ao descolamento de retina tracional que, em situação extrema, leva à perda da visão”, explica o oftalmologista Dr. Silvio De Biase, chefe do setor Retina e Vítreo do ICONE - Instituto de Cirurgia Ocular do Nordeste.

Como acontece em muitas doenças, o melhor remédio é a prevenção – e é essa conscientização que o Dia Mundial do Diabetes, celebrado neste 14 de novembro, busca. “Se você tem diabetes e faz consultas regulares com seu oftalmologista, fazendo o exame de fundo do olho e não apresentando nenhuma alteração na retina, pode ser mantido o acompanhamento anual. Se for mais avançado, os prazos para acompanhamento se reduzem e o oftalmologista vai determinar. A intenção é tratar nos estágios iniciais da doença, para que não chegue aos quadros mais avançados”, ensina o especialista.

Os pacientes atendidos pelo ICONE têm à disposição uma série de exames e procedimentos, que são ferramentas tecnológicas importantes tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento de doenças oftalmológicas – tendo ou não o diabetes como um fator complicador. Dr. Sílvio De Biase detalha: “retinografia, angiografia e tomografia de coerência óptica são exames que a gente usa no dia a dia para avaliar a retina. Quando o médico vê alguma lesão, ele pode pedir esses exames ou encaminhar o paciente para um retinólogo, que é um especialista em retina, para assumir o caso. Tudo isso pode ser feito no ICONE”.

 

A tecnologia que é marca do atendimento do ICONE coloca o instituto em posição pioneira, mais uma vez, com a chegada do Artevo 800. O novo microscópio digital 3D da Zeiss entra em funcionamento em breve e vai permitir a realização da tomografia de coerência óptica (OCT, na sigla em inglês) durante o procedimento cirúrgico. “Já temos um microscópio com visão 3D, que nos dá maior noção de profundidade e foco e consegue deixar o paciente menos exposto à luz, o que é melhor para a recuperação dele. O Artevo 800 vai nos permitir fazer a OCT durante a cirurgia. Não tem nenhum microscópio no Brasil com esse recurso, o ICONE vai ser pioneiro. Além de poder usar o microscópio para operar em 3D, com ele a gente tem a oportunidade de analisar a retina durante a operação. Se alguma alteração aparecer ali, podemos tentar resolver em um ato cirúrgico só, o que é mais confortável para o paciente”, avalia.

Apesar do avanço exponencial que a tecnologia representa na medicina em geral, e na oftalmologia em particular, a relação médico-paciente continua sendo o primeiro passo quando a pessoa está em busca de mais qualidade de vida ou procurando tratar condições que já estão presentes no organismo, como o diabetes. “O alerta maior para os pacientes é que eles façam, além do controle da glicose com o endocrinologista, a consulta regular com o oftalmologista, pelo menos uma vez por ano”, finaliza Dr. Sílvio De Biase.

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