PROJETO DE LEI

Deputada quer que políticos e ministros do STF recebam mesmo salário que professores por 3 meses todos os anos

Atualmente, o salário pago aos ministros do STF é de R$ 41.650, enquanto deputados recebem R$ 39.293. Já o piso do magistério é de R$ 4.420

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 25/05/2023 às 9:33 | Atualizado em 25/05/2023 às 12:11
Noticia
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Deputada Duda Salabert (PDT - MG) quer que autoridades recebeam o piso salarial pago a professores da educação básica como salário por três meses do ano FOTO: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Políticos como, deputados, senadores, ministros e até o presidente da República, podem ter que receber o mesmo salário que o pago a professores do Brasil. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) também estão inclusos no rol de autoridades a receber salário igual a professores.

É o que prevê um projeto de lei (PL) apresentado pela deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) na Câmara na terça (23).

Segundo a proposta, as autoridades receberiam o piso salarial pago a professores da educação básica como salário por três meses do ano.

Atualmente, o salário pago aos ministros do STF é de R$ 41.650, enquanto os ministros do STJ recebem R$ 37.328. O presidente da República e parlamentares recebem R$ 39.293. Já o piso do magistério é de R$ 4.420.

VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES

Segundo a deputada, o PL busca fazer com que os políticos lembrem o quanto professor ganha mal nesse País e a dificuldade que esses profissionais passam.

"Essa deveria ser a profissão mais valorizada e os tomadores de decisão precisam entender a importância do investimento em educação”, destaca Duda, que também é professora. 

Para a deputada, a proposta de igualar os salários durante determinada época do ano é uma maneira de abordar essa disparidade, mostrando um comprometimento em combater as desigualdades e criar condições mais justas principalmente para os profissionais da educação que deveriam ser uma prioridade no investimento público.

Além de defender que uma remuneração mais justa pode ajudar a atrair mais pessoas para a profissão docente, Duda destaca a necessidade de fortalecer o sistema educacional como um todo, destinando recursos adequados para a melhoria das infraestruturas das escolas, a formação continuada de professores e a disponibilização de materiais didáticos de qualidade.

“Essa substanciosa economia aos cofres públicos proporcionada pelos três meses de equiparação salarial poderia, inclusive, ser revertida para a educação”, pontua Salabert.

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