MARIM DOS CAETÉS

Brasil 'MUDA' DE CAPITAL nesta sexta (27) após lei sancionada por LULA

Cidade histórica do Nordeste se torna capital do Brasil com decisão de Lula

Marcelo Aprígio
Marcelo Aprígio
Publicado em 27/01/2023 às 9:22 | Atualizado em 27/01/2023 às 9:25
EVARISTO SA / AFP
Luiz Inácio Lula da SIlva tomou posse como presidente do Brasil neste domingo (1º), em Brasília FOTO: EVARISTO SA / AFP

Nesta sexta-feira (27), a cidade de Olinda se torna a capital simbólica do Brasil e de Pernambuco.

O título oficial é recebido todos os anos no dia 27 de janeiro, devido a decretos de lei estadual e nacional.

A homenagem acontece por causa do aniversário da Restauração Pernambucana, movimento que contribuiu para o fim de 24 anos de ocupação holandesa no Nordeste brasileiro em 1654.

Desde 2003, o município ganhou o status de capital simbólica de Pernambuco graças à Lei nº 12.500, de autoria da deputada estadual Teresa Leitão (PT), eleita senadora em 2022.

OLINDA, CAPITAL DO BRASIL

Já o título de capital do Brasil foi concedido em 2010 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 13 de julho de 2010, Lula sancionou a Lei nº 12.286. Segundo as duas determinações, a cada 50 anos, durante as comemorações da Restauração Pernambucana e Nordestina, o prefeito e a Câmara de Vereadores da cidade são considerados prefeito e Câmara Mor de Pernambuco e do Brasil.

RESTAURAÇÃO PERNAMBUCANA

Em 2023, a Restauração Pernambucana completa 369 anos. O movimento é considerado o primeiro passo de afirmação do sentimento da nacionalidade brasileira, consistindo no marco inaugural da consolidação da identidade nacional.

Segundo registros da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante a permanência dos holandeses no Nordeste, as elites política e a população de Olinda tomaram consciência de que nossas terras tinham construído uma nação que não era Portugal, Espanha, nem Holanda, mas Brasil.

Reagindo à ocupação, os antigos membros do Senado de Olinda montaram e armaram um exército formado por cotas raciais: tropas de negros comandadas por um negro, Henrique Dias; tropas de indígena comandadas por um indígena, Felipe Camarão; e tropas de brancos comandadas por um branco, André Vidal de Negreiros.

Com tal exército, o grupo político de Olinda desencadeou e comandou a guerra de reconquista, finda em 1654.