O ditado popular "a única certeza que podemos ter na vida é a morte" não passa longe da verdade. Mesmo com tanta evolução da ciência e da medicina, nenhum ser vivo sustenta o título de imortal... ainda.
Células se regenerarem não é novidade para cientistas e podemos ver isso de perto: um arranhão pode desaparecer em poucos dias pela capacidade de regeneração da pele.
Nossas células se regeneram por meio de um mecanismo chamado mitose, processo em que uma célula-mãe se divide e dá origem a duas células-filhas com o mesmo material genético. Esse processo é natural, contínuo e diário. Mas não acontece quando as células estão mortas.
A descoberta de um time de pesquisadores do John A Moran Eye Center, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, foi impressionante.
Pesquisadores ressuscitaram células da retina de doador morto
Diversas pessoas fazem campanha pela doação dos órgãos, já que existem chances de salvar pacientes em coma mesmo após já ter partido.
Embora muitos órgãos possam ser transplantados, os tecidos do sistema nervoso central deixam de ser “viáveis” após a circulação sanguínea cessar. Recentemente, o time de pesquisadores do John A Moran Eye Center, da Universidade de Utah, nos EUA, conseguiram "reviver" células neuronais.
As células neuronais em questão são responsáveis pela detecção de luz. Os pesquisadores conseguiram "ressuscitar" essas células nas retinas de doadores já mortos.
“Conseguimos despertar células fotorreceptoras na mácula humana, que é a região da retina responsável por nossa visão central e nossa capacidade de ver detalhes e cores”, disse Fatima Abbas, principal autora do estudo, publicado na revista ‘Nature’.
“Em olhos obtidos até cinco horas após a morte do doador, essas células responderam à luz brilhante e coloridas, e até mesmo a flashes de luz muito fracos”, completou.
Os especialistas usaram retinas coletadas de humanos e camundongos mortos e perceberam que podiam “despertar” células. Eles garantem que o projeto gera um avanço muito importante.
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