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Faça login ou cadastre-seUm caso chocante deixou os moradores de Umbaúba, em Sergipe, surpresos nesta quinta-feira (25). Trata-se da morte de Genivaldo de Jesus, que faleceu durante uma abordagem policial. A morte do homem provocou indignação por parte da família e de moradores da cidade.
Durante uma ocorrência policial, Genivaldo, que de acordo com a família sofria de esquizofrenia, foi mobilizado por policiais e colocado dentro do porta-malas de uma viatura, onde acabou inalando fumaça.
O homem foi abordado por agentes policiais da PRF na BR-101, em Umbaúba, Sergipe, enquanto dirigia uma motocicleta.
Wallison de Jesus, sobrinho da vítima, falou sobre o assunto durante uma entrevista para o G1.
“Eu estava próximo e vi tudo. Informei aos agentes que o meu tio tinha transtorno mental. Eles pediram para que ele levantasse as mãos e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos. Meu tio ficou nervoso e perguntou o que tinha feito. Eu pedi que ele se acalmasse e que me ouvisse”, contou
Um dos agentes tentou mobilizar Genivaldo com as pernas no pescoço dele, enquanto outro se aproximava com uma arma na mão.
Já caído, o homem teve as mãos e as pernas amarradas pelos policiais. Logo depois, foi colocado no porta-malas da viatura, com as pernas para fora e o restante do corpo para dentro, quando uma fumaça, de origem desconhecida, começa a sair do compartimento e a vítima começa a gritar.
De acordo com a PRF, durante a condução de Genivaldo até a Delegacia de Polícia Civil de Umbaúba, ele acabou passando mal e sendo levado para o Hospital José Nailson Moura, local onde foi constatada sua morte.
Em contrapartida, a família afirmou que o homem já teria chegado sem vida no hospital.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a vítima morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
Genivaldo de Jesus dos Santos tinha 38 anos e era aposentado por conta da esquizofrenia. Casado com Maria Fabiana dos Santos, o homem deixa um filho de oito anos.
Por conta da esquizofrenia, a vítima tomava remédios controlados há aproximadamente 20 anos.
De acordo com Wallison, os policias jogaram um tipo de gás, ainda desconhecido, dentro da mala do veículo.
A origem da fumaça ainda não foi informada pela PRF.
A PRF ainda não divulgou informações sobre a identidade dos policiais.
Através de uma nota, a PRF afirmou que Genivaldo teria resistido a abordagem e, por causa disso, "técnicas de imobilização" foram empregadas.
Ao contrário do que diz a PRF, Wallison, sobrinho da vítima, afirma que em momento algum Genivaldo tentou resistir.
“Em nenhum momento ele exibiu força. Inclusive, na hora que foi abordado, ele levantou as mãos e a camisa, e mostrou que não tava com arma nenhuma”, disse.
A viúva de Genivaldo, Maria Fabiana dos Santos, afirma que o que aconteceu não foi uma fatalidade, mas sim um crime.
“Eu não chamo nem de fatalidade. Isso aí foi um crime mesmo, eles agiram com crueldade pra matar mesmo ele", afirmou
Após a morte de Genivaldo, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu um procedimento disciplinar para analisar o comportamento dos policiais envolvidos.
Ainda não existem informações se os agentes envolvidos no caso foram afastados de suas atividades regulares.
Além disso, o caso está sob investigação da Polícia Federal (PF).
"Diligências acerca do caso já foram iniciadas e a PF trabalha para esclarecer o ocorrido o mais breve possível", afirmou a Polícia Federal através de uma nota.
*Com informações do G1