SAÚDE

Ser solteiro aumenta risco de morte para pessoas com problemas no coração, diz estudo

Estudo defende que pessoas solteiras tem mais chance de ter insuficiência cardíaca

Luana Simões
Luana Simões
Publicado em 31/05/2022 às 9:17
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Ser solteiro aumenta risco de doença no coração FOTO: Freepik
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Um estudo recente do Hospital Universitário de Würzburg, na Alemanha, apontou que estar solteiro pode ser um fator de risco de morte para pacientes com problemas cardíacos.

Segundo a pesquisa, pessoas com insuficiência cardíaca solteiras correm maior risco de morte do que pessoas casadas com a mesma condição.

Entenda melhor o motivo desse resultado.

ESTAR SOLTEIRO AUMENTA RISCO DE MORTE

O motivo desta condição seria porque o apoio social no manejo do tratamento é apontado como fator para a "proteção" oferecida pelo matrimônio, apontou o jornal O Globo.

"A conexão entre casamento e longevidade indica a importância da sociedade", afirmou Fabian Kerwagen, autor do estudo e pesquisador do Centro de Insuficiência Cardíaca Abrangente do Hospital Universitário de Würzburg, Alemanha, em comunicado.

A pesquisa incluiu 1.022 pacientes internados por insuficiência cardíaca descompensada entre 2004 e 2007. Destes, 1.008 forneceram informações sobre o estado civil: 633 (63%) eram casados e 375 (37%) solteiros, incluindo 195 viúvos, 96 nunca casados e 84 separados ou divorciados. Os participantes foram acompanhados por dez anos.

Fatores como qualidade de vida, limitações sociais e autoeficácia também foram considerados e medidos usando o Questionário de Cardiomiopatia de Kansas City, projetado especificamente para pacientes com insuficiência cardíaca.

RESULTADOS DA PESQUISA

Durante o período de acompanhamento, 679 (67%) pacientes morreram. Os resultados da pesquisa indicaram que estar solteiro foi associado a maiores riscos de morte por todas as causas e também por problema cardiovascular, em comparação com ser casado.

Pacientes viúvos também apresentaram o maior risco de mortalidade em comparação com o grupo casado. Isso pode ser explicado pelo apoio social que as pessoas possuem ao longo prazo.

"Os cônjuges podem ajudar na adesão aos medicamentos, incentivar e ajudar no desenvolvimento de comportamentos mais saudáveis, o que pode afetar a longevidade", explicou Kerwagen.

Os resultados revelaram também que os pacientes solteiros exibiram menos interações sociais do que os pacientes casados e não tinham confiança para gerenciar sua insuficiência cardíaca.

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