O avanço da varíola dos macacos está deixando cientistas de todo o mundo em alerta. Aqui não é diferente: cientistas brasileiros formaram uma comissão para acompanhar os casos da doença, que apresentou indício de uma cadeia de transmissão atípica.
A varíola do macaco é um membro do grupo dos ortopoxvírus. Uma das características desses vírus é que eles conseguem infectar o ser humano e outros animais.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) identificou, até sábado (21), 90 casos em todo o mundo e 30 suspeitos investigados.
O QUE É VARÍOLA DO MACACO?
A varíola humana, uma das maiores causadoras de mortes no mundo, foi erradicada em 1980. Mas a varíola dos macacos, causada por um vírus (monkeypox) da mesma família do da varíola humana, nunca saiu de circulação.
Pessoas contaminadas pelo vírus podem apresentar como sintomas iniciais parecidos com os da gripe: febre, calafrios, exaustão, dor de cabeça e fraqueza muscular. Além do inchaço nos gânglios linfáticos, que ajudam o corpo a combater infecções e doenças.
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Outros sintomas aparecem depois, como a erupção cutânea generalizada no rosto e no corpo - até mesmo dentro da boca e nas palmas das mãos e solas dos pés.
VARÍOLA DO MACACO NA AMÉRICA LATINA
O Ministério da Saúde argentino divulgou neste domingo (22) o primeiro caso suspeito de varíola do macaco na Argentina. Esse é o primeiro caso relacionado à doença na América do Sul.
O médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto, em pronunciamento pelo Canal UOL, disse que é preocupante existir a transmissão de homem para homem, ao invés de apenas animal para homem.
"Não há duvida que é uma emergência sanitária e é necessário que instituições de saúde se articulem para enfrentar mais esse desafio", defende o médico. De acordo com ele, a doença virá para o Brasil.
Não há medicamentos específicos para o tratamento da varíola do macaco. Entretanto, existe uma vacina disponível que pode prevenir o desenvolvimento da doença.
Na Inglaterra, uma nova vacina mais específica e funcional está em estado de desenvolvimento.
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