Como vai funcionar?
A solução proposta pelas gigantes da tecnologia é baseada no padrão Bluetooth Low Energy, que consiste em receber códigos de identificação para detectar dispositivos Bluetooth próximos, prática conhecida também como "detecção de contato". Vale ressaltar que o "contato" trata-se da conexão que os dois aparelhos conseguem fazer se estiverem próximos um do outro.
Para preservar a privacidade, os celulares ou tablets com Android e iOS vão emitir um código de identificação que é modificado a cada 15 minutos. Se o hardware permitir, a recomendação é que esse código mude dentro de um intervalo aleatório entre 10 e 20 minutos, tornando improvável a detecção do local através do Bluetooth. O código de identificação é gerado a partir de uma chave diária. Ela, por sua vez, é criada a cada 24 horas com base em uma chave de rastreamento única que pertence a cada aparelho.
Se o dono do dispositivo tiver teste positivo para o vírus do coronavírus, sua chave diária será enviada a um servidor. Dessa forma, o sistema tem um parâmetro para identificar se esse dispositivo esteve próximo do seu celular ou tablet. Resumindo: você saberá se cruzou com alguém infectado, mas não saberá quem é a pessoa, que terá a identidade preservada.
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Lançamento de APIs
Em maio, Google e Apple lançarão APIs que funcionam entre dispositivos Android e iOS dentro de aplicativos de autoridades de saúde pública. Nos meses seguintes, as duas companhias vão incorporar o rastreamento de contatos via Bluetooth em seus sistemas operacionais móveis.
O usuário é quem decide se vai contribuir para o rastreamento de contato. As duas empresas ressaltam que essa solução não exige a localização do usuário. Além disso, os códigos de identificação vindos de outros dispositivos devem ser processados localmente, sem depender da nuvem.
"Como a covid-19 pode ser transmitida tendo contato próximo com indivíduos afetados, as organizações de saúde pública entenderam o rastreamento de contatos como uma ferramenta valiosa para ajudar a conter a disseminação da doença", explicam Google e Apple em comunicado conjunto.