Nova série 'Altered Carbon' discute a imortalidade para poucos

Netflix\Divulgação Foto: Netflix\Divulgação

Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.

Nova série 'Altered Carbon' discute a imortalidade para poucos

Letícia Saturnino
Publicado em 31/01/2018 às 6:37
Netflix\Divulgação Foto: Netflix\Divulgação


Pedro Antunes (Estadão Conteúdo)

"Minha esposa nunca assistiu a Star Wars", diz Joel Kinnaman, de jeito resignado. "Mas eu, em compensação, adoro ficção científica e esse universo cyberpunk. Só não me imaginava voltar a esse tema tão cedo. Muito menos voltar a fazer uma série de TV."

O ator de RoboCop, naquela nova versão do policial ciborgue, reimaginada pelo brasileiro José Padilha, lançada em 2014. Kinnaman também havia encerrado sua participação na série House of Cards, da Netflix, na qual interpretava o candidato republicano à presidência Will Conway. "E, de repente, meu agente me ligou, insistiu para que eu lesse esse roteiro. Neguei de novo", conta. "E ele realmente me disse: ‘eu sugiro que você leia essa história’. Ele estava certo."

Fã desse conceito de futuro distópico - e costumeiramente perturbador - da cultura cyberpunk, o ator sueco Kinnaman é alvo fácil para Altered Carbon, a nova série que a Netflix produz e lança nesta sexta-feira, 2, na sua plataforma por streaming, baseada na série de livros de Richard K. Morgan, aqui chamada de Carbono Alterado e lançada pela editora Record. O desafio é fazer com que o seriado seja também encontrar público em alguém como Cleo Wattenström, a cônjuge do ator de 38 anos.

"Para mim", explica ele, "a força desse universo distópico é que ele mostra para qual direção a humanidade pode caminhar se seguirmos no caminho errado, com essas decisões equivocadas. Hoje, os ricos ficam mais ricos. Para onde esse tipo de coisa pode nos levar?"

TRAILER

Kinnaman vive o personagem na nova fase, em adaptação a um mundo cujo tempo ele já não conhece, quando todos aqueles que ele já conheceu, conviveu e amou, morreram há tempos. E é encarregado de investigar o assassinato de Laurens Bancroft (James Purefoy, da série The Following).

"Quando sentei para conversar com Laeta (Kalogridis, a criadora da série), ela tinha tudo muito organizado na cabeça. É um universo fascinante", explica Kinnaman. "Mas não imaginava que teria a preparação física mais intensa da minha carreira", ele conta, sobre os cinco meses de trabalho físico para ganhar massa muscular e estar pronto para interpretar o grandalhão Kovacs. "A tese da série é que a ideia de se viver para sempre só esteja disponível para algumas pessoas", ele avalia. "Mas o que a série discute é que a essência do que é ser um humano é a consciência da própria mortalidade. Assim que perdemos a mortalidade, nós perdemos o que faz de nós humanos." Mas Kinnaman aceitaria implantar esse cartão de memória e ter sua consciência eternizada? "É difícil responder porque, embora a série aponte para uma direção, eu sou muito atraído pela ideia de viver para sempre."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

últimas
Mais Lidas
Webstory