
Presos numa sala, você e seu grupo têm 60 minutos para escapar – mas não sem antes desvendar o mistério que se apresenta na cena diante de vocês. Pode ser o local de um assassinato ou o ateliê de um falsificador, mas a cada minuto a trama se adensa, e falta pouco para o tempo acabar. Só com trabalho em equipe vocês vão conseguir vencer.
Os chamados “jogos de fuga” (ou no original em inglês, “escape games”) são uma febre que começaram nos Estados Unidos e no Japão, tornando-se um negócio atraente na medida que as casas que oferecem a experiência foram se espalhado. A novidade já chegou ao Recife, através da Escape Out, primeira do gênero no Estado, que inaugurou suas atividades este mês, em Boa Viagem.
A inspiração inicial veio dos jogos eletrônicos – em particular um gênero de jogo indie conhecido como “escape the room”, onde você é colocado numa sala fechada e deve descobrir as pistas para sair. Esse formato foi adaptado para o mundo real numa experiência para ser realizada em grupo. “É uma maneira inovadora de despertar nas pessoas o espírito de equipe. Nosso público pode ser tanto uma família que quer se divertir junta quanto funcionários de uma empresa que querem melhorar seu entrosamento”, explica Alexandre Câmara Lima, um dos sócios da Escape Out.
Alexandre Câmara Lima, um dos sócios da Escape Out
A casa recifense conta com duas salas: Ateliê, onde os participantes devem investigar o local de trabalho de um falsificador de obras de arte antes que ele consiga fugir; e Cena do Crime, um quarto de hotel onde houve um assassinato que deve ser investigado pelos participantes. As duas experiências foram trazidas em parceria com outras empresas de jogos, a Escape Room SP no caso da primeira, e a Escape Hotel para a segunda. “A casa tem espaço para seis salas temáticas. Já estamos trabalhando na terceira e a ideia é que possamos criar experiências inéditas a partir de agora”, afirma Alexandre.
Não há punição para a derrota ou premiação pela vitória, o que vale nos jogos de fuga é a participação e o desafio. “Todas as salas contam com câmeras e microfones, além de um monitor treinado. Uma equipe nossa acompanha o desenvolvimento da experiência e, para o caso de empresas que querem trazer seus funcionários para cá, uma pessoa do RH pode acompanhar a dinâmica do grupo também”, conta o empresário.
Escape Out
A reserva das salas é feita através do site para grupos de 3 a 10 pessoas. “Quando o cliente faz a reserva, aquela sala fica fechada para ele. Nos Estados Unidos, as casas têm costume de aceitar que participantes que vão sozinhos se juntem ao grupo (se houver vaga), mas isso não pegou no Brasil”, completa.
A Escape Out começou a funcionar em dezembro e os sócios esperam recuperar o investimento em até um ano e meio. “Foram três meses de reformas na casa para adaptá-la aos jogos de fuga. Desde então não paramos de investir e abrir outra unidade na Zona Norte está nos nossos planos, mas não para agora”, afirma Alexandre.