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Astrônomos chilenos descobriram no coração da Via Láctea um grupo de estrelas de mais de dez bilhões de anos, denominadas RR Lyrae, que ajudariam a entender melhor a formação de núcleos galácticos.
Usando o telescópio infra-vermelho Vista, instalado no Observatório Paranal, no deserto do Atacama (1.400 km ao norte de Santiago), os astrônomos conseguiram encontrar estas estrelas em meio ao superpovoado centro da Via Láctea, onde existem, em sua maioria, estrelas "jovens e brilhantes", informou a Universidade Andrés Bello em um comunicado.
As estrelas descobertas em Paranal não são uma prova para sustentar uma importante teoria da evolução galáctica, mas, dada a sua antiguidade e apesar de sua luz ser tênue, são as sobreviventes do que pode ter sido o cúmulo de estrelas mais antigo e maciço dentro da Via Láctea, concluiu o comunicado.
Paranal, que está sob a tutela do Observatório Europeu Austral (ESO), situa-se no norte do Chile, sob um dos céus mais limpos e com características favoráveis à observação do espaço, onde se encontram os maiores observatórios do mundo.