Mário Viana gastou mais com o excesso de bagagem para trazer sua máquina do que com a própria passagem (Foto: Fábio Jardelino/NE10)
Em meio às palestras, exposições de robótica e ações promocionais, uma das coisas que mais chamam atenção na CPRecife são os cases de desktops modificados. A prática do "case mode" é uma forma de mostrar a paixão pela informática de uma forma espalhafatosa e divertida.
Pela paixão - que se baseia em tornar as máquinas bastante chamativas - o analista de suporte Mário Viana, de 43 anos, trouxe mais de 60 quilos na bagagem. O gabinete modificado de 53 Kg somado aos 10 kg do monitor não pesaram mais que o risco de que o material fosse avariado durante a viagem. "Guardei tudo na caixa original, mas sabia do risco de chegar aqui e não funcionar", admite.
Mário pratica o hobby desde 2009 e tem duas máquinas do mesmo porte. A que ele trouxe tem o melhor gabinete nacional, garante, um full tower com 32 giga de memória. Ele calcula ter gasto cerca de R$ 12 mil no equipamento, mas os gastos vão além. "Paguei mais com excesso de bagagem do que com a própria passagem", diz satisfeito por conseguir expor seu trabalho.
O estudante de ciência da informação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Adeílson Souza, 20, gastou bem menos na sua máquina, cerca de R$ 6 mil. A paixão, no entanto, é a mesma. Seu equipamento possui 16 giga de memória RAM e um sistema de refrigeração water cooling. "Uso para tudo. Fazer projeções em 3D, edição de imagem, jogar...".
Sua principal recomendação para quem está começando com esse hobby é prestar atenção nos detalhes básicos. "O ambiente tem que ser limpo e os cabos devem estar organizados. Isso vai interferir no desempenho final da máquina", assegura.
Para Fábio Correia, 21, o estímulo veio de forma diferente. Técnico em informática, Fábio desistiu de depender da máquinas pré-montadas e assistências técnicas. Começou a atividade há três anos com a intenção de jogar, o que faz agora com a máquina de 8 gigas de memória RAM.