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A história de Leônidas da Silva, um dos primeiros grandes ídolos do futebol brasileiro

m 1931, Leônidas ingressou no Leão da Leopoldina e, com as cores rubro-anil adornando seu uniforme, solidificou definitivamente seu percurso em direção à imortalidade.

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JC360

Publicado em 24/05/2024 às 15:51
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A história centenária do futebol moderno é marcada por uma galeria inestimável de personagens, mas raros foram aqueles seres iluminados, escolhidos pelos deuses da bola, que caminharam pelos gramados deste mundo e alteraram permanentemente o curso do esporte. Em meio a esses heróis, digno de ocupar um lugar distinto entre as mais reluzentes constelações no panteão dos craques, encontra-se Leônidas da Silva.

Vestindo a Amarelinha, Leônidas foi um dos primeiros craques a brilhar nos gramados. Ao longo de 38 partidas pela Canarinho, registrou 21 vitórias, oito empates e nove derrotas. Com uma notável média de um gol por jogo, totalizando 38 gols, o atacante deixou sua marca indelével enquanto representava o Brasil.

Sua jornada incluiu as participações nas Copas do Mundo de 1934 e 1938, além das gloriosas conquistas da Copa Rio Branco (1932) e da Copa Rocca (1945) pela Seleção.

O começo de tudo nos subúrbios do Rio de Janeiro

Nos campos de São Cristóvão, localizados na Zona Norte do Rio de Janeiro, Leônidas, ainda jovem, já evidenciava o talento extraordinário que o levaria à notoriedade. Inicialmente, defendeu diversas equipes amadoras do bairro antes de dar o salto para o Sírio Libanês.

Suas performances destacadas no Sírio capturaram a atenção do Bonsucesso Futebol Clube. Em 1931, Leônidas ingressou no Leão da Leopoldina e, com as cores rubro-anil adornando seu uniforme, solidificou definitivamente seu percurso em direção à imortalidade.

O sucesso meteórico no Bonsucesso superdimensionou a fama de Leônidas. Clubes brasileiros e do exterior se interessaram em contar com o craque brasileiro.

Depois de uma temporada encurtada por lesões no Uruguai, onde passou pelo Peñarol, Leônidas defendeu o Vasco da Gama, onde foi campeão carioca e chamado para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1934.

Nasce a lenda do “Diamante Negro”

Dois anos após a Copa de 1934, Leônidas desembarcava no Flamengo. No manto Rubro-Negro, o craque ascendeu como ídolo incontestável, tornando-se o grande protagonista de uma equipe que ostentava notáveis figuras da Seleção Brasileira, a exemplo de Domingos da Guia e Fausto.

Reprodução/Internet

As performances mágicas de Leônidas em solo francês renderam ao jogador o famoso apelido que ficaria marcado eternamente no futebol: o "Diamante Negro". - Reprodução/Internet

O desempenho destacado no clube carioca assegurou a Leônidas um lugar na equipe da Canarinho para a Copa do Mundo de 1938, na França. Em seu segundo Mundial, o craque assumiu o protagonismo, tornando-se a grande estrela da competição.

Conduziu o Brasil ao terceiro lugar, a melhor posição até então, finalizando como artilheiro, com 8 gols, sendo considerado o melhor jogador da Copa e integrando a seleção do torneio.

As performances mágicas de Leônidas em solo francês renderam ao jogador o famoso apelido que ficaria marcado eternamente no futebol: o "Diamante Negro".

A “invenção” da bicicleta

Uma das curiosidades mais marcantes sobre a carreira de Leônidas da Silva é a “invenção” da bicicleta, uma forma de finalização acrobática e muito utilizada no futebol até os dias de hoje. Naquela época, ninguém sequer pensava em executar um movimento como esse, mas Leônidas treinava várias vezes esse tipo de finalização.

O lance em que ele conseguiu executar a bicicleta pela primeira vez aconteceu no jogo entre Bonsucesso e Carioca, pelo Campeonato Estadual de 1932. Leônidas recebeu o cruzamento, pedalou no ar e marcou um golaço. Até por isso, posteriormente, recebeu o apelido carinhoso de "homem borracha".

Leônidas foi um ídolo em um tempo em que ainda não tínhamos a modernidade e suas ferramentas, mesmo assim muitos ainda se lembram do seu nome. Sem dúvidas o Diamante Negro seria muito mais referenciado nos dias de hoje, seus jogos seriam assistido por milhões mundo afora, e muitos torcedores usariam sites de apostas esportivas para fazer seus palpites em gols de Leônidas da Silva.

Por toda essa importância, o Diamante Negro permanece como um dos primeiros grandes ídolos brasileiros do futebol, sendo reverenciado por sua incrível habilidade e faro de gol.

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