Com informações da BBC Brasil.
Na década de 80, Chernobyl foi palco de um desastre nuclear nunca visto antes. Mesmo assim, não foi a primeira vez que a humanidade sentiu os efeitos de materiais radioativos.
Antes, no contexto da Segunda Guerra Mundial, as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, foram atingidas por bombas nucleares.
Cerca de 263 mil pessoas viviam em Nagasaki. Com o ataque nuclear, a bomba enviada pelos Estados Unidos atingiu entre 39 mil e 80 mil pessoas. Hoje, a cidade tem cerca de 450 mil habitantes.
Em Hiroshima, 350 mil pessoas habitavam a cidade antes do ataque. Após a investida nuclear, por volta de 80 mil pessoas foram mortas, em agosto de 1945. 1,17 milhão de habitantes vivem na cidade nos dias atuais.
Por que é seguro viver em Hiroshima e Nagasaki, mas não em Chernobyl?
Mesmo atingidas por bombas nucleares durante a guerra, Hiroshima e Nagasaki se tornaram cidades habitáveis.
Enquanto que Chernobyl jamais voltou a ser a mesma após o desastre nuclear que começou com a explosão de um dos reatores da fábrica da cidade. O que explica isso?
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Um dos motivos é a diferença de radioatividade emitida em cada um dos casos. Quando o reator de Chernobyl explodiu, estima-se que foram liberadas sete toneladas de combustível nuclear.
No total, o desastre emitiu 100 vezes mais radiação que as bombas que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.
Além disso, as bombas nucleares que atingiram Hiroshima e Nagasaki foram detonadas no ar, vários metros acima da superfície da Terra.
Assim, os depósitos radioativos se dispersaram como efeito da nuvem criada pela explosão, enquanto que em Chernobyl ficaram no local, contaminando toda a região.
Visita à 'cidade fantasma' de Chernobyl
Apesar de Chernobyl ter sido um local muito atingido por radioatividade, a cidade continuou sendo visitada por turistas. Inclusive, até um passeio pelas ruínas da região já foi lançado. Saiba mais clicando aqui.