O ex-ator Guilherme de Pádua, que em 1992 foi condenado pelo assassinato de Daniela Perez, se pronunciou sobre o lançamento da série Pacto Brutal, que relembra o caso.
Em um vídeo publicado no seu canal do Youtube, Pádua responder as críticas sobre ter deletado suas redes sociais após saber do lançamento da série. De acordo com ele, a produção de Pacto Brutal não o consultou sobre o documentário e ele só ficou sabendo sobre o lançamento por meio da imprensa.
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"Surgiu a notícia de que eu teria bloqueado minhas redes sociais por saber deste seriado. Isso não é verdade, porque em maio de 2020, quando saí, ainda não sabia desse seriado. Alguém aí tinha notícia? Eu fiquei sabendo há seis meses, de surpresa, não fui procurado", esclareceu.
Hoje, Guilherme de Páuda é pastor evangélico em Belo Horizonte. O ex-ator realmente não foi contatado pela produção da série, a pedido de Gloria Perez, mãe de Daniella. Em uma publicação no Instagram, a autora disse acreditar que o documentário "não deixe mais espaço nenhum para as versões fantasiosas que os assassinos tentaram emplacar na imprensa".
Ao Notícias da TV, os diretores de Pacto Brutal revelaram que não queriam dar espaço para Guilherme de Pádua e Paula Thomaz, ambos condenados pelo assassinato de Daniella, mas sim contar a história sob o ponto de vista da família da vítima.
"A decisão de não falar com o Guilherme veio da gente como documentaristas. A gente achou que, ao longo dos anos, eles já tiveram muitas plataformas na mídia pra falar as versões deles. Versões que, quando chegaram no julgamento, eles não conseguiram provar. A gente achou que não deveria dar essa plataforma pra ele nesse momento. Já a Gloria [Perez, mãe de Daniella] não tinha tido chance de contar essa historia de maneira completa", afirmou Guto Barra, um dos diretores.
O que disse Guilherme de Pádua sobre a saída das redes sociais?
Guilherme de Pádua deixou as redes sociais em 2020. No vídeo que postou em seu canal ele explica que deletou sua conta no Instagram após ouvir um conselho de um pastor da sua igreja. O religioso o aconselhou a abandonar as redes sociais por conta da 'animosidade' que existia no auge da pandemia de covid-19.
"Naquele tempo, estávamos no auge da pandemia. E, naquele tempo, parece que o debate estava interditado. A animosidade estava grande, e a minha vida envolve várias dificuldades de comunicação. Por isso, esse pastor me disse isso. As redes sociais são muito úteis para mim, e a imprensa nunca me deu voz, porque um lado sempre me persegue - e com toda a razão, eu entendo. Se eu estivesse no lugar delas, eu faria isso também. Mas, já que eu sou eu, preciso me defender. E a redes sociais são úteis para isso", explicou.
Pádua se refere ao fato de ter feito público seu posicionamento a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL). O político e seus apoiadores são amplamente criticados pela postura do presidente em relação a pandemia de covid-19.