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Redação do Enem: Saiba o segredo do colégio que conquistou mais de 170 notas acima de 900

Com projeto de redação que prepara alunos desde o 6º ano, Colégio GGE segue liderando aprovações

Paloma Xavier
Paloma Xavier
Publicado em 18/01/2024 às 14:26 | Atualizado em 27/02/2024 às 10:33
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Projeto de redação do GGE prepara alunos desde o 6º ano FOTO: DIVULGAÇÃO

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 foram divulgados na terça-feira (16). E é inevitável falar na redação, única prova do exame que pode chegar à nota 1000.

Contudo, para conquistar a tão desejada nota máxima é preciso mais do que escrever bem. “O aluno precisa ter equilíbrio entre a rotina de estudos e a vida comum. A parte emocional é tão importante quanto a parte intelectual e física. Desse modo, a intenção não é fazer o aluno viver para estudar, mas desenvolver métodos eficazes para ter tempo de cuidar do corpo e da mente ao mesmo tempo. Praticar esportes, dormir bem, ter momentos de lazer, etc. vai fazer a diferença na hora de enfrentar uma prova dessa magnitude”, orienta Fernanda Nascimento, professora de redação do Colégio GGE.

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A professora Fernanda Nascimento abre o jogo sobre a redação de sucesso no Enem - DIVULGAÇÃO

Conhecido pela base sólida, com 6 programas integrados para a formação completa do aluno, da educação infantil ao ensino médio, o Colégio GGE prepara para a vida e para a conquista de sonhos. Dentro desse contexto, está também a aprovação no Enem, momento aguardado por alunos, famílias e colaboradores que trabalham, em sintonia, desde cedo.

E na hora de colocar tudo no papel, não tem outra alternativa: é preciso praticar. “A principal dica é treinar sempre. Escrever deve ser um hábito para o aluno que deseja alcançar nota 1000 no Enem. E sempre ter um professor para corrigir esses textos. Não adianta escrever se não houver uma avaliação e um retorno dessa escrita”, explica a professora da instituição que teve mais de 170 alunos com notas superiores a 900 no Enem 2023. E os resultados do colégio seguem em apuração.

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Ultrapassa 170 o número de notas acima de 900 na redação do Enem dos alunos do GGE - DIVULGAÇÃO

Estar atento aos acontecimentos do Brasil e do mundo também é fundamental para a prova. Isso porque, de acordo com Fernanda, “os temas de redação são sempre baseados em problemas sociais”. “Por isso, o aluno inteirado das questões sociais atuais sai na frente em relação à abordagem de conteúdos e ao desenvolvimento de repertórios coerentes para o desenvolvimento de uma argumentação consistente”, acrescenta.

Na prova tradicional do Enem 2023, o tema da redação foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. “Um dos repertórios mais recorrentes utilizados pelos alunos foi o filme brasileiro ‘Que horas ela volta?’, o qual aborda a história de Val, uma empregada doméstica que tem seu trabalho subvalorizado pelos patrões e sofre pela necessidade de afastamento da própria filha”, exemplifica a professora

A especialista reforça que é preciso saber usar o repertório: “O importante não é decorar repertórios, mas saber mobilizá-los a fim de construir uma argumentação consistente e coerente”.

A professora ressalta que os 5 critérios de correção do Enem têm o mesmo peso. “O Enem analisa a modalidade escrita formal do aluno, a abordagem temática/apresentação de repertório pertinente ao tema, o desenvolvimento da argumentação, os recursos coesicos utilizados para a organização textual e a apresentação de uma proposta de intervenção para a situação apresentada pelo tema”, detalha.

Fernanda também é coordenadora do Redigge, projeto de redação interno do GGE. O programa, que contempla alunos do 6º ano do Fundamental 2 ao 3º ano do Ensino Médio, consiste na produção textual de um tema semelhante ao do Enem mensalmente.

“A ideia é que o aluno desenvolva a capacidade crítica para abordar temáticas de eixos diversos e esteja sempre produzindo e revisando suas produções para evoluir”, comenta a professora. Acompanhando os alunos desde o início do Ensino Fundamental II, o projeto estimula o aperfeiçoamento da escrita para a hora do Enem.

Colocando em prática

Julia Felisberto, de 17 anos, é uma das alunas da instituição que participou do Redigge. “Foi muito importante pra minha nota ter sido tão boa. Acho que esse projeto teve dois impactos muito positivos pra mim. O primeiro deles foi fazer com que eu fizesse redações regularmente e o segundo foi me manter competitiva para tentar ganhar o prêmio todo mês e ver minhas redações ficando cada vez melhores e complexas. Acredito que foi um acerto muito bom do GGE e o resultado dos alunos foi fruto disso”, conta.

A estudante abriu o jogo sobre sua rotina para conquistar a nota 960 na redação: “Estudei muito o ano inteiro. Não costumava deixar matéria acumulada, ainda que fosse bem difícil conciliar tudo. Acho que o segredo de bons resultados é manter uma rotina equilibrada de atividades durante o dia, sem se ocupar excessivamente com muitas coisas.”

No entanto, devido à rotina cheia de compromissos, Julia não conseguiu se dedicar a atividades físicas. “Não fiz exercício físico durante o ano, costumava só ver as aulas do colégio e do cursinho online”, relata.

Com o objetivo de ingressar no curso de Psicologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que tem redação como peso 2,5, Julia focou na área: “Redação foi minha prioridade durante o ano. Nunca deixava de ver as aulas do colégio e do cursinho e fazia uma redação por semana. Quando cheguei na reta final do vestibular, lá pra outubro, intensifiquei e fazia duas redações por semana.”

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Julia Felisberto, aluna do GGE, conquistou a nota 960 na redação do Enem 2023 - ARQUIVO PESSOAL

Estar preparado para a prova não anulou o nervosismo da estudante. Ela relata que sentiu um “nervosismo comum por saber que teria que escrever um texto importante”. “Depois de ver que o tema era sobre mulheres que trabalhavam com o cuidado, pensei em uma tela de Tarsila do Amaral chamada “Maternidade”. Usei esse quadro na introdução”, lembra.

“Meu pensamento foi problematizar que, ainda que fosse um trabalho importantíssimo por garantir a manutenção da família, esse ofício é completamente invisibilizado. No meu desenvolvimento procurei mostrar o que explicava essa desvalorização. Usei o sociológico Boaventura de Sousa Santos para falar sobre machismo e o historiador José Murilo de Carvalho para explicar um viés mais cultural e educacional dessa invisibilidade”, acrescenta.

A estudante também destaca a importância de acompanhar as notícias do dia a dia: “Ajuda demais na hora de fazer conexões inteligentes sobre os temas de redação. Como nesses últimos anos os temas do Enem são sobre nosso país, não custa ficar atento ao que acontece ao nosso redor.”

“Além disso, de nada adianta pensar no Brasil de forma reducionista sem lembrar que fora da algumas bolhas existem muitos “Brasis” com desigualdade, segregação e preconceitos de todo tipo. Para escrever sobre os temas de redação é preciso viver e estudar um Brasil sem filtros, reconhecendo a cultura, a história e os dilemas de um país tão romantizado”, finaliza.

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