Dificuldades para comer na infância nem sempre estão associadas a falta de apetite. Dor ao mastigar, aversão ao sabor e ao cheiro das comidas são alguns dos fatores que podem fazer com que as crianças enfrentem problemas na hora de se alimentar. Em alguns desses casos, é indicado o tratamento com fonoaudiólogo.
Mini cozinha terapêutica é método aplicado pela fonoaudiáologa Dryelle Azevedo. Foto: divulgação
Especialista no assunto, a fonoaudióloga Dryelle Azevedo implementou, entre as suas técnicas, a mini cozinha terapêutica. Durante o tratamento, as crianças têm contato com os alimentos de forma lúdica. Por meio de brincadeiras, conhecem os formatos e sabores das comidas e, aos poucos, perdem o medo de experimentar novidades.
“As crianças com dificuldade alimentar não apresentam uma boa relação com os alimentos, seja por algum tipo de aversão a características como sabor, cheiro, texturas ou por sentir dor ao comer em casos de refluxo ou intolerância”, destaca Dryelle Azevedo, acrescentando que, quando o médico não diagnostica intolerância nem alergia alimentar e, mesmo assim, a criança não come, é preciso trabalhar a musculatura oral. Por isso a importância da terapia fonoaudiológica.
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De acordo com a especialista, os adultos devem ficar atentos para crianças a partir de seis anos que não conseguem mastigar e nem engolir alimentos sólidos. Às vezes a dificuldade de mastigar pode vir de alterações nas estruturas orais. Nesses casos é importante procurar um fonoaudiólogo, pois a situação pode se agravar e provocar desnutrição.
PRIMEIRA INFÂNCIA
Para evitar que mais tarde as dificuldades venham a aparecer, os cuidados devem começar desde a primeira infância, quando nascem os dentes dos bebês e os pais devem introduzir, aos poucos, alimentos sólidos. É importante não bater no liquidificador para estimular a mucosa interna da boca com os pequenos pedaços de comida que massageiam a língua, as gengivas, céu da boca e vão eliminando o excesso de sensibilidade, evitando náuseas e vômitos.