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Série de reportagens conta histórias de superação de crianças negras

Amanda Tavares
Amanda Tavares
Publicado em 16/11/2016 às 23:50
Grupo Bongar, em Olinda, realiza ações de conscientização com as crianças. Foto: Diego Nigro / JC Imagem
Grupo Bongar, em Olinda, realiza ações de conscientização com as crianças. Foto: Diego Nigro / JC Imagem FOTO: Grupo Bongar, em Olinda, realiza ações de conscientização com as crianças. Foto: Diego Nigro / JC Imagem

No próximo domingo (20) é comemorado o Dia da Consciência Negra, data que simboliza a luta contra o racismo. A partir desta sexta (18), o  Blog Criançada, em parceria com o Jornal do Commercio, inicia a série de reportagens #somosnegros, que será veiculada durante três dias. A partir das histórias de três crianças negras – Laura, Alice e Antonio – o trabalho aborda a questão do preconceito racial com base em três aspectos: cor da pele, cabelo e religião.

 

Grupo Bongar, em Olinda, realiza ações de conscientização com as crianças. Foto: Diego Nigro / JC Imagem Grupo Bongar, em Olinda, realiza ações de conscientização com as crianças. Foto: Diego Nigro / JC Imagem

 

As reportagens mostram como os parentes das crianças agem para educá-las de forma que elas passem a ter consciência das suas origens e orgulho de serem negras. Também será mostrado o trabalho realizado no Centro Cultural Grupo Bongar, em Olinda, Grande Recife. No espaço, crianças que frequentam o terreiro Xambá, um dos mais tradicionais de Pernambuco, e moradores da comunidade, participam de várias atividades de conscientização em relação a história e cultura africanas.

“O projeto jornalístico, que surgiu no Blog Criançada, com o objetivo de valorizar as plataformas de blogs do JC, aborda um tema profundo: envolve crianças, preconceito racial e superação. O jornal reconheceu, então, a importância da pauta e decidiu publicar as matérias também no veículo impresso”, explica a diretora-adjunta de conteúdos digitais do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, Maria Luiza Borges.

“Esse trabalho de integração entre mídias tem sido realizado com frequência pelo Sistema JC. A ideia é oferecer o produto em várias plataformas, para que o consumidor da informação escolha o formato com que mais se identifica. Em todas as mídias, prezamos sempre pela qualidade do material publicado, característica do nosso jornal impresso, que está no mercado há mais de 90 anos e levou as marcas da qualidade e credibilidade para outros veículos, como o JC Online”, ressalta o diretor de redação, Laurindo Ferreira.

No primeiro dia, será contada a história de Laura Luiza, 11 anos, seguidora do candomblé. A menina sofre preconceito na escola, mas conta com apoio da família, de professores e de integrantes do terreiro Xambá para defender os ideais em que acredita. No segundo dia, Alice Melo, 10, conta as barreiras que enfrentou por gostar de usar solto o seu cabelo crespo e volumoso. Por causa de comentários e ações preconceituosos, a criança ficou deprimida. A família reagiu mostrando as suas origens, influenciando a menina a ter orgulho do seu cabelo. Antonio Mesquita, 9 anos, personagem cuja história será contada no domingo, queria ser loiro e de olhos azuis porque garotos da escola onde estudava disseram que “os brancos são melhores” e “pretos são pobres e moram em favelas”. Hoje, com apoio e incentivo dos pais, orgulha-se da sua cor.

Os textos são de Amanda Tavares, as fotos de Diego Nigro e a concepção gráfica de Karla Tenório e George Oliveira.