Vírus sincicial respiratório é causador de doenças respiratórias como bronquiolite; entenda

Vírus sincicial respiratório (VSR) pode levar bebês a internamento hospitalar por doenças respiratórias (Foto: Miva Filho/Divulgação) Foto: Vírus sincicial respiratório (VSR) pode levar bebês a internamento hospitalar por doenças respiratórias (Foto: Miva Filho/Divulgação)

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Vírus sincicial respiratório é causador de doenças respiratórias como bronquiolite; entenda

Cinthya Leite
Publicado em 01/04/2019 às 12:29
Vírus sincicial respiratório (VSR) pode levar bebês a internamento hospitalar por doenças respiratórias (Foto: Miva Filho/Divulgação) Foto: Vírus sincicial respiratório (VSR) pode levar bebês a internamento hospitalar por doenças respiratórias (Foto: Miva Filho/Divulgação)


O vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais agentes das infecções que acometem o trato respiratório em crianças menores de 2 anos de idade, pode ser responsável por 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias durante os períodos de sazonalidade, que vai até julho.

Por isso, crianças prematuras nascidas com idade gestacional menor ou igual a 28 semanas e com idade inferior a 1 ano, além de meninos e meninas com idade abaixo de 2 anos que tenham doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia broncopulmonar) ou doença cardíaca congênita com repercussão hemodinâmica demonstrada, devem fazer uso, após prescrição médica, do palivizumabe. Trata-se de um anticorpo que reduz o risco de adoecimento e, consequentemente, a possibilidade de internamento hospitalar por essas doenças respiratórias.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o anticorpo está disponível nos hospitais Agamenon Magalhães, Barão de Lucena, das Clínicas, Imip e Cisam, no Recife; Hospital João Murilo, em Vitória de Santo Antão; Regional Sílvio Magalhães, em Palmares; Jesus Nazareno, em Caruaru; Regional Inácio de Sá, em Salgueiro; Dom Malan, em Petrolina. Para obter o palivizumabe, é preciso ir até uma unidade de referência ou marcar o agendamento e entregar a documentação solicitada, que será avaliada por um médico.

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Poluição, mudanças climáticas somadas com baixa umidade do ar e temperaturas baixas contribuem para o aumento de problemas respiratórios entre a população de forma sazonal. Os idosos e as crianças são mais sensíveis a esta situação. No caso de bebês com menos de 1 mês até crianças com 2 anos de idade, essa situação torna bastante comum a evolução para quadros mais graves, como a bronquiolite. A causa da doença é o vírus sincicial respiratório (VSR), que provoca uma infecção nos bronquíolos, ramificações dos brônquios que levam oxigênio aos pulmões.

“É comum haver uma confusão, uma vez que o quadro é muito parecido com uma gripe. Por isso, os pais e responsáveis precisam estar atentos aos sintomas como tosse seca, coriza, falta de ar, febre e cansaço”, explica o médico Evandro Salgado, coordenador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica do Hospital Leforte, unidade Morumbi, em São Paulo.

O médico explica que não existe vacina contra o VSR. Para evitar a doença, principalmente nas seis primeiras semanas de vida, é recomendável não expor o bebê a grandes aglomerações ou contato com adultos com sintomas de gripe. O tratamento pode ser feito em casa, com inalações de soro e medicamentos, antissépticos nasais e fluidificantes, somados à hidratação e à amamentação. Se houver necessidade, o pediatra pode prescrever antibióticos.

Para os pacientes prematuros (menos de 34 semanas de vida), com problemas cardíacos congênitos ou aqueles com doenças pulmonares crônicas e dependentes de oxigênio, é indicado o palivizumabe. “É um anticorpo monoclonal que tem como função neutralizar o VSR, prevenindo a infecção. A medicação está disponível na rede pública e também é coberta pelos convênios médicos, mediante relatório médico”, diz Salgado.

“É importante que não haja uma ação ou medicação sem a recomendação médica. Os pais precisam confiar no especialista para que não ocorram procedimentos desnecessários ou a doença evolua para uma pneumonia”, ressalta a médica Sandra Helena Albuquerque Giannini, coordenadora do serviço de Pediatria do Hospital e Maternidade Dr. Christovão da Gama (HMCG), que integra o Grupo Leforte.

A médica reforça que a infecção é autolimitada, ou seja, tem duração por um período específico e desaparece entre 7 e 10 dias. Algumas crianças apresentam sintomas gripais leves. Em outras, a doença pode ser grave. No caso das crianças mais velhas, os riscos são menores e, se forem acometidas por bronquiolite, não sofrem tanto quanto as mais jovens. O diagnóstico é clínico, e podem ser solicitados raio-X de tórax, hemograma e pesquisa do VSR.

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