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Faça login ou cadastre-seQuando se fala sobre transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), várias vozes entoam. Nos corredores por que caminham profissionais de saúde, são múltiplas as visões sobre um dos distúrbios mais diagnosticados na infância e na adolescência, com prevalência de aproximadamente 5% nessa faixa etária e 3% entre adultos no mundo. Atualmente, em Pernambuco, os olhos dos especialistas no tema se convergem para o único medicamento oferecido, na rede pública, para tratar o TDAH: o metilfenidato. Um grupo de médicos questiona a atualização de uma norma técnica da Secretaria Estadual de Saúde (SES) sobre a medicação.
O documento ressalta que, para receber o tratamento medicamentoso, o paciente tenha entre 8 e 18 anos, além de passar por exames laboratoriais e outros como eletroencefalograma e eletrocardiograma. De um lado, especialistas alegam que essa exigência é sinônimo de retrocesso. Em outra esfera, gestores argumentam que esse novo protocolo vai ajudar a impedir que o metilfenidato seja superprescrito e que o TDAH rotule crianças, adolescentes e adultos.
Em entrevista ao programa Casa Saudável, na TV JC, na quinta-feira (22), a presidente da Sociedade Pernambucana de Psiquiatria, Kátia Petribú, destacou a importância do diagnóstico preciso e em tempo oportuno para se iniciar o tratamento do transtorno e, dessa maneira, evitar que os problemas de atenção e hiperatividade se intensifiquem a ponto de interferir nas habilidades acadêmicas, afetivas e sociais das pessoas com TDAH.
“Tenho vários pacientes adultos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz e que terão que ver com a SES se continuarão ou não a receber a medicação. São pessoas que estavam impactadas pelo transtorno e que, com tratamento, conseguiram melhorar a qualidade de vida, passar no vestibular, conseguir emprego e se relacionar melhor. Agora, terão que deixar de usar a medicação. É preciso esclarecer: não é por decreto que se termina uma doença”, frisou Kátia.
A médica Patrícia Monteiro, 46, relata que a terapêutica medicamentosa foi um divisor de águas no desempenho escolar da filha, a estudante Manuela Monteiro, 13. “O aprendizado tornou-se mais viável. Captar informações passou a ser menos sofrido e sem exaustão. Além disso, o tratamento é fundamental para melhorar a autoestima. Minha filha hoje é uma aluna que tem um desempenho na média da turma”, relata Patrícia.
Também durante o programa na TV JC, o diretor-geral da Assistência Farmacêutica de Pernambuco, Mário Moreira, informou que, no dia 1º de março, a SES realizará uma nova reunião para se apresentar outras propostas sobre a dispensação da medicação. Tudo em prol do bem-estar dos pacientes.
Kátia Petribú, psiquiatra
Gustavo Arribas, psiquiatra
Adélia Henriques Souza, neuropediatra
Mário Moreira, da Farmácia de PE