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Faça login ou cadastre-seCom o suporte das Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAEs), que atendem a população do interior, os hospitais regionais do Estado passam a fazer parte de uma nova rede de apoio ao pré-natal de alto risco, destinado às gestantes que apresentam condições em que a saúde dela e a do feto têm maiores chances de ser comprometida, em comparação com as grávidas de risco habitual, aquele inerente a qualquer mulher que gera um bebê. Geralmente, são pacientes que desenvolvem diabetes ou hipertensão na gestação ou que apresentam essas doenças, além de outras, antes de engravidarem. Com as UPAEs e os hospitais regionais na assistência ao pré-natal de alto risco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) pretende descentralizar o acompanhamento da gestação e desafogar o atendimento nas maternidades e hospitais do Grande Recife.
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“Por mês, estão sendo ofertadas 1,1 mil consultas para o pré-natal de alto risco nesta nova rede de apoio. Além dos obstetras, há nutricionistas, cardio e endocrinologistas para atender as gestantes”, informa a secretária-executiva de Atenção à Saúde do Estado, Cristina Mota. Ela destaca que o perfil dessas pacientes é diferente daquelas com gestação de risco habitual porque as condições de saúde que apresentam (diabetes, cardiopatia e hipertensão) exigem um critério mais rigoroso para a indicação de exames de sangue e ultrassonografias gestacional. “A ideia é qualificar o pré-natal de alto risco, com menos intercorrências na gestação, menor risco de parto prematuro e poucas chances de complicações no pós-parto.”
A secretária-executiva acrescenta que, para implementar a assistência com as UPAEs e os hospitais regionais, foi necessário adaptar uma rede que já existia. “Conceitualmente as UPAEs não são para oferecer acompanhamento da mulher durante o pré-natal, mas reconhecemos a necessidade de criar a rede complementar no interior, que dá acesso a médicos especialistas. Assim, o hospital regional é a porta de entrada da gestante de alto risco, que pode contar com o atendimento nas UPAEs. Se houver necessidade (quando o quadro de saúde não é estabilizado), ela é encaminhada para uma das unidades de referência do Estado”, explica Cristina Mota.
Entre os hospitais vinculados à SES e que já tinham (e continuam a oferecer) o pré-natal de alto risco, estão o Hospital Dom Malan (Petrolina, no Sertão), o Regional Professor Agamenon Magalhães (Serra Talhada, no Sertão), o Regional Fernando Bezerra (Ouricuri, no Sertão) e o Barão de Lucena (Zona Oeste do Recife, no bairro da Iputinga). Entre eles, o Dom Malan é o que mais realiza partos entre as 177 unidades da rede pública de saúde no Estado. No ano passado, foram feitos 7.158 partos no hospital – uma média de 600 procedimentos do tipo por mês, entre cesarianas e partos vaginais, segundo dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), com base no Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do Sistema Único de Saúde (SUS). Já o Barão de Lucena assume a sexta posição entre todas unidades que realizam partos no Estado. Em 2016, foram 4.254 procedimentos do tipo no hospital.
Das dez UPAEs, oito já passaram a ser incluídas à nova rede de atenção ao pré-natal de alto risco. "Falta implementar essa assistência nas unidades de Belo Jardim e Limoeiro", diz Cristina Mota, que reforça a necessidade de os municípios continuarem a realizar o pré-natal das gestantes. "O esquema que criamos não é substitutivo do que já existe; é completar à rede já existente."
Com o novo modelo de pré-natal de alto risco, por exemplo, a gestante pode ter como porta de entrada o Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns (Agreste), para acompanhamento e passar por consultas especializadas, com cardiologista, endocrinologista e nutricionista, na UPAE do município. Segundo a SES, também com a proposta de descentralizar a assistência ao pré-natal e ao parto, já foram retomadas as obras do Hospital da Mulher do Agreste (Caruaru), que deve ficar pronto já em 2018.