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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou comunicado onde alerta para a necessidade de pesquisas e desenvolvimento de novos antibióticos para enfrentar uma possível ameaça da tuberculose multidroga resistente (TB-MDR) - casos que resistem ou não respondem corretamente a pelo menos dois antibióticos. Segundo as últimas estimativas, só em 2015 foram registrados cerca de 580 mil casos e 250 mil mortes relacionadas a essa condição. Apenas 125 mil pacientes afetados receberam tratamento e somente metade deles foram curados.
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"Direcionar a pesquisa para a tuberculose multidroga resistente é uma alta prioridade para a OMS e para o mundo. Mais de US$ 800 milhões por ano são atualmente necessários para financiar a pesquisa essencial para novos antibióticos que tratem a tuberculose", alertou Margaret Chan, diretora-geral da OMS.
Apenas dois novos antibióticos para tratar a TB-MDR completaram os ensaios da Fase IIB nos últimos 50 anos. Ambos ainda estão em ensaios de Fase III e mais financiamento será necessário para completar o processo e desenvolver outros regimes eficazes de tratamento.
Na última segunda-feira (27), a OMS publicou uma lista de agentes patogênicos resistentes a antibióticos que recentemente foram priorizados como um grande risco para a saúde humana. "A Mycobacterium tuberculosis, a bactéria responsável pela tuberculose humana, não foi incluída no escopo do exercício de priorização, pois a intenção era identificar ameaças à saúde previamente não reconhecidas devido ao aumento da resistência aos antibióticos. Já há consenso de que a tuberculose é uma prioridade absoluta para a pesquisa e desenvolvimento de novos antibióticos", disse Marie-Paule Kieny, subdiretora-geral da OMS.
Diversas reuniões globais de alto nível para discutirem impactos da doença foram programadas para 2017 e 2018. A tuberculose multidroga resistente e a pesquisa serão os temas principais da Conferência Ministerial da OMS sobre Tuberculose, planejada para novembro deste ano em Moscou, Rússia. Será também um tema-chave da reunião de alto nível da ONU sobre a doença em 2018. A TB-MDR e a necessidade de pesquisa também são objetos de debate em uma discussão mais ampla, como aqueles com foco na resistência antimicrobiana e na segurança em saúde.