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Um estudo inédito, coordenado pelo professor André Ponce de Leon Ferreira de Carvalho, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP (Universidade de São Paulo), em São Carlos, e pesquisador Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), chega à sua fase final com excelentes resultados e descobertas que poderão auxiliar nas pesquisas médicas e à indústria farmacêutica no desenvolvimento de medicamentos e terapias celulares para doenças relacionadas às alterações genômicas, como o câncer.
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O trabalho, desenvolvido em parceria com a Universidade de Regensburg, ao sul da Alemanha e também pelos pós-doutorandos peruanos Edwin Talavera e Soledad Llerena, da USP, em São Carlos, criou, pela primeira vez, uma ferramenta computacional que, usando técnicas de aprendizagem de máquinas e ciência de dados, permite identificar interações funcionais entre os genes quando se inibe um deles com algum tipo de produto químico/medicamento.
O professor André explica que a pesquisa irá ajudar a universidade alemã no avanço do entendimento e tratamento do câncer, mas que a metodologia poderia ser aplicada para se entender outros distúrbios da regulação gênica e seus respectivos tratamentos. “Atualmente não tem como saber, por exemplo, quais genes serão afetados quando a pessoa toma um medicamento e isso acaba levando a vários efeitos colaterais, inclusive pode levar depois a algumas doenças secundárias. Então, identificando exatamente a correlação e que genes estão sendo afetados por uma determinada droga, pode-se reduzir e até eliminar esses efeitos”, explica.
Além do desenvolvimento do software, dois artigos acadêmicos serão publicados até o final deste ano.
Confira a matéria completa no site da Agência USP de notícias.