De acordo com a Opas, o mosquito Aedes aegypti está presente na maioria dos países do continente americano (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
Da Agência Brasil
Todos os países do continente americano provavelmente terão a circulação interna do vírus zika, com exceção do Chile e Canadá. O alerta foi feito hoje (25) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), em nota sobre transmissão e prevenção do vírus que pode causar microcefalia.
Desde maio de 2015, 21 países das Américas registraram transmissão interna do vírus. A rápida disseminação do zika pelo continente, segundo a organização, se deve à presença do mosquito em todos os países, menos no Canadá e Chile, e também ao fato de a população não ter imunidade ao vírus.
A transmissão do zika pelo mosquito Aedes aegypti é certa e bem conhecida. Porém, as informações sobre uma possível transmissão por sêmen ainda são bem limitadas. O vírus já foi isolado no sêmen humano, mas ainda são necessárias investigações para saber se a transmissão sexual é possível.
Pelo sangue, já foi confirmada transmissão do vírus. Segundo a Opas, é uma forma pouco frequente e pode ser evitada na triagem do sangue para transfusão. A contaminação de mãe para filho na gravidez e na hora do parto são pontos em pesquisa, apesar de o Brasil já ter registrado seis bebês que nasceram com microcefalia e tiveram exame positivo para zika.
Sobre a transmissão pelo leite materno, a Opas informou que não há registros e que as mães, mesmo as infectadas pelo mosquito, podem continuar alimentando seus filhos exclusivamente com leite materno até os seis meses e depois conforme recomendações médicas.
Além do Brasil, notificaram casos transmissão interna de zika: Barbados, Bolívia, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guadalupe, Guiana, Haiti, Honduras, Martinica, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, San Martin, Suriname e Venezuela.