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Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que o extrato de semente de uva pode ser uma alternativa eficaz para o combate a danos em restaurações de resinas compostas, material utilizado na restauração dental. Segundo especialistas, a durabilidade de restaurações é considerada, atualmente, um dos principais problemas enfrentados pela área odontológica.
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Desenvolvido pela cirurgiã-dentista Ana Beatriz Silva, o estudo avaliou tanto o extrato da semente de uva como duas outras soluções inibidoras de enzimas presentes na boca e que causam danos às restaurações. A pesquisadora afirma que os resultados mostraram que o extrato de semente de uva é mais eficaz que a clorexidina e tão eficaz quanto a doxiciclina, materiais normalmente utilizados, com a vantagem de ser um produto natural. "Assim como a doxiciclina, o uso da solução inibidora de extrato de semente uva prolonga a vida útil da restauração com resina e, consequentemente, auxilia na redução de gastos extras com reposição de tratamentos estéticos", explica a pesquisadora.
Segundo Ana Beatriz, o extrato de semente de uva é um composto em pó que pode ser usado de forma diluída. Há estudos em andamento com o objetivo de encapsular a solução. Parte da pesquisa foi feita na Universidade de Illinois, em Chicago, nos Estados Unidos. "Atualmente, o grupo onde trabalhei em Chicago está pesquisando maneiras de incorporar o extrato de semente de uva no ácido fosfórico que utilizamos no nosso protocolo restaurador tradicional", afirma.
Para realização dos testes com o extrato de semente de uva foram utilizados 48 dentes humanos, sem cárie e sem restauração. Em cada um deles foi feita uma abertura no centro, e separados em quatro grupos, sendo um grupo controle, que não recebeu a aplicação de nenhuma solução, e os outros três grupos em que foram aplicados, antes da restauração, a clorexidina, a doxiciclina, e a solução com semente de extrato de uva.
Confira a matéria completa no site da Agência USP de Notícias.