UOL - O melhor conteúdo

Hospital Esperança Olinda recebe certificação conferida pela SBHCI

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/01/2015 às 18:18
cérebro FOTO:

Entre as sequelas do AVC, estão comprometimentos na fala, na linguagem e na deglutição (Imagem: Free Images) Entre as sequelas do AVC, estão comprometimentos na fala, na linguagem e na deglutição (Imagem: Free Images)

Recentemente, a Prontimagem e o serviço de Hemodinâmica do Hospital Esperança Olinda, em Pernambuco, receberam a certificação diamante conferida pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), em parceria com o Instituto Qualisa de Gestão (IQG). Trata-se da certificação máxima para o setor. O Esperança Olinda é o único hospital de Pernambuco a recebê-la. O selo atesta o compromisso com a qualidade e segurança na gestão da assistência ao paciente.

O Centro de Hemodinâmica do hospital auxilia no tratamento de pacientes que tiveram um acidente vascular cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame. O setor é acionado caso o paciente precise de uma desobstrução dos vasos cerebrais comprometidos, através do cateterismo cerebral. Os principais tratamentos realizados são a recanalização dos vasos, a dilatação das artérias e o exame angiográfico cerebral.

A equipe é multidisciplinar, composta por médico neurovascular, neurocirurgião, neurologista, intensivista, cirurgião vascular, enfermagem, psicólogo, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.

SAIBA MAIS SOBRE O AVC

O AVC é uma das principais complicações das doenças que afetam os vasos que levam sangue ao cérebro. O entupimento ou rompimento de um desses vasos impede o adequado fluxo de sangue para partes do cérebro e a perda de algumas de suas funções. O AVC pode acometer pessoas de qualquer idade, mas geralmente ocorre em pacientes com idade mais avançada e aqueles com doenças crônicas ou hábitos de vida pouco saudáveis que não fazem acompanhamento médico adequado.

Existem dois tipos de AVC: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é o mais comum e se dá quando um coágulo bloqueia uma artéria. Esse coágulo pode se formar dentro das artérias do cérebro ou nas artérias do pescoço (quando existem placas de gordura) e no coração (quando existe alguma arritmia ou aumento de suas cavidades), sendo levados para dentro do cérebro quando se desprendem.

Já o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de uma artéria dentro do cérebro. Ele geralmente ocorre quando a pressão arterial está muita alta e sem controle e , assim, pode levar ao rompimento de pequenas artérias ou de aneurismas (dilatações).

Alguns problemas de saúde podem aumentar o risco de AVC. Entre elas, estão hipertensão, diabetes, arritmias cardíacas, obesidade, sedentarismo, tabagismo e uso de álcool. Para reduzir esse risco, recomenda-se adotar um estilo de vida saudável: seguir uma alimentação equilibrada, evitar grandes quantidades de álcool e deixar de fumar, além de praticar exercícios físicos e aprender a conviver com o estresse.

“Além de mudar maus hábitos, é importante procurar um médico para uma consulta de rotina desde jovem”, diz o coordenador do setor de neurologia do Hospital Esperança Olinda, em Pernambuco, João Eudes Magalhães.

Entre os sintomas que ajudam a identificar um AVC, estão dormência ou paralisia de um lado da face ou do corpo, dificuldade para falar, perda súbita da visão, dor de cabeça muito forte e confusão mental. Um AVC ocorre de forma repentina e é possível ajudar a identificar os sintomas de forma rápida: peça para a pessoa que tem queixas dar um sorriso, levantar os braços e falar uma frase. “Se o paciente está com a boca torta, um dos braços não levanta ou não se consegue entender o que ele fala, isso pode ser um AVC. O socorro imediato é importante para diminuir os danos”, alerta João Eudes.

O tratamento do AVC inclui inicialmente o controle das funções vitais, como oxigenação, pressão arterial, ritmo cardíaco e nível de glicose no sangue. Alguns pacientes podem precisar de medicamentos para dissolver o coágulo, cirurgia para a retirada de hematomas ou para aliviar a pressão cerebral e até cateterismo para revascularizar as áreas comprometidas.

Durante o internamento, as causas do AVC podem ser esclarecidas. Assim que for possível, também são iniciadas medidas que ajudam a restaurar as funções perdidas. “A reabilitação depende de cada paciente e pode ser necessária por tempo prolongado. O tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar que engloba médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e outros profissionais da saúde”, frisa João Eudes.